'Acompanhou aeronave': os novos relatos de pilotos brasileiros sobre óvnis

'Acompanhou aeronave': os novos relatos de pilotos brasileiros sobre óvnis
Os relatos são do ano passado e foram encaminhados ao Sindacta, órgão vinculado à FAB Imagem: iStock

O comando da FAB (Força Aérea Brasileira) liberou um novo lote com cerca de 30 relatos sobre OVNIs avistados em território nacional, a maioria por parte de pilotos experientes. Os documentos estão disponíveis nos arquivos do site da Arquivo Nacional.

Os reportes são do ano passado e foram encaminhados ao Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), órgão vinculado à FAB. Desde a semana passada, foram liberados ao público e agora fazem parte do acervo do Arquivo Nacional. O "Arquivo X" brasileiro é denominado "ARX", mais precisamente BR DFANBSB ARX, e conta com centenas de documentos sobre OVNIs.

O novo lote abrange avistamentos feitos por pilotos, em sua maioria que sobrevoavam os céus da região Sul. Mas há também relatos de casos nos céus da região Sudeste e Norte.

Como o ocorrido no dia 13 de janeiro de 2023, quando o piloto de uma aeronave avistou dois objetos não identificados, que emitiam uma luz branca, intermitente. Esses objetos apareciam e reapareciam e faziam movimentos aleatórios em todas as direções.

Segundo o relato do piloto, os objetos surgiram nas proximidades do aeroporto de Ourilândia do Norte, no Pará, por volta das 6h30 e acompanharam o voo por mais de meia-hora, até a aterrissagem na capital, Belém. Os objetos surgiram quando o avião estava a mais de 10 mil metros de altitude.

No dia 21 de janeiro de 2023, outro piloto relatou o avistamento de cinco OVNIs, que acompanharam a aeronave sobre o oceano durante 40 minutos, desde Ilha Bela, no litoral de São Paulo, até Navegantes, em Santa Catarina. Eles faziam movimentos circulares e por vezes se dispunham de maneira a formar um círculo, aproximando-se e distanciando-se uns dos outros. Eles emitiam luzes intermitentes, de cor branca, que aumentavam e diminuíam de intensidade.

O avião navegava a uma altitude de 12 mil metros e a velocidade dos objetos no momento era de extrema aceleração. "O espanto foi em decorrência das luzes/movimentação dos objetos não corresponderem a um satélite, lixo espacial ou qualquer outro fenômeno conhecido", diz trecho do documento.

O piloto diz possuir registro em vídeo do fenômeno, porém arquivos de imagens e vídeos não foram anexados aos relatos no acervo do Arquivo Nacional. Como no caso ocorrido em 24 de janeiro, na região de Porto Alegre, também registrado em vídeo.

O céu estava limpo e as condições de visibilidade excelentes quando o piloto avistou três objetos que se pareciam com estrelas, se deslocando da direita para a esquerda. Eles emitiam luzes com colorações que variavam do branco ao verde e acompanharam o avião a uma altura de 15 mil metros.


Ilustração faz parte do acervo do Arquivo Nacional (esq.); à direita, trecho de um reporte que faz parte do novo lote de documentos liberado pela FAB
Imagem: Reprodução/Arquivo Nacional

Charuto e bolas vermelhas


No dia 7 de fevereiro do ano passado, um piloto de linha comercial se deparou com quatro objetos em forma de bolas, que oscilavam de tamanho e também de cor, entre o vermelho e o verde. Os objetos se deslocavam a uma velocidade dez vezes maior que a do avião no momento do avistamento, deixando um rastro horizontal.

O piloto, de 68 anos, informa no reporte possuir 51 anos de aviação e diz que o fenômeno se assemelha a outros ocorridos no mesmo setor em 2022, que também foram reportados. A aeronave voava a uma altitude entre 12 e 15 mil metros quando foi cercada pelos objetos, que a acompanharam por 30 minutos, num trajeto entre Navegantes (SC) e o litoral gaúcho.

O Arquivo Nacional trouxe a público cerca de 30 documentos com relatos de pilotos brasileiros sobre o avistamento de Óvnis (objetos voadores não identificados) no espaço aéreo nacional. Todos os informes foram feitos no ano passado aos Centros Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindactas), órgão vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB).

Quase duas semanas depois, no dia 19 de fevereiro, outro piloto relataria a presença de dois OVNIs emitindo luzes que iam do branco ao vermelho. Elas se movimentavam de forma a se aproximar e se afastar da aeronave. O fenômeno durou 40 minutos, e foi registrado durante o trajeto do voo, entre Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS).

Em 29 de março de 2023, um relato vindo do Rio de Janeiro descreve um objeto diferente, em forma de 'charuto'. O piloto disse que o OVNI tinha aproximadamente três metros de comprimento e foi avistado na região de Rio das Ostras.

Ele se movia rapidamente e "andava em saltos", segundo relatou o piloto no documento. Ele não emitia som ou luminosidade e se movia de sudoeste para nordeste.

Velocidade do som


No dia 5 de fevereiro de 2023, um piloto relatou ao Sindacta ter avistado entre cinco e seis objetos. Eles não possuíam forma, mas brilhavam como faróis, se movendo da direita para a esquerda e vice-e-versa, de baixo para cima e em rotas circulares.

O que mais chamou a atenção do piloto foi a velocidade dos objetos que, segundo ele, era de três a quatro vezes mais rápida que a velocidade do som. O avistamento durou 30 minutos e ocorreu na região de Porto Alegre (RS), já próximo de Caxias do Sul. A aeronave voava a cerca de 10 mil metros de altitude quando foi cercada pelos objetos.

O Arquivo Nacional guarda um grande acervo sobre OVNIs, que foi feito pelo Comando da Aeronáutica do Brasil. Esse acervo tem centenas de registros, como relatos, perguntas sobre o que aconteceu, cartas, fotos, desenhos, vídeos, áudios e recortes de jornais e revistas sobre coisas estranhas vistas no céu do Brasil ao longo dos anos.

A primeira vez que algo foi registrado nesse acervo foi em 1952, e a mais recente foi em 2023. É importante lembrar que OVNIs não são necessariamente discos voadores ou alienígenas. Essa palavra é usada para falar de qualquer coisa que voa e que não foi identificada de imediato. Isso pode incluir drones, satélites, balões e fenômenos naturais.

Fonte: Uol