Aeroporto de Congonhas começa a ser administrado pela iniciativa privada nesta terça
O grupo espanhol Aena assumirá a gestão com a promessa de construir um segundo terminal de passageiros, que deve ter obras iniciadas no ano que vem, entre outras melhorias.
O Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital paulista, começará a ser administrado pelo grupo espanhol Aena nesta terça-feira (17). Será a primeira vez, em 87 anos, que um dos principais aeroportos do país será tocado pela iniciativa privada.
Projeção de como ficará o Aeroporto de Congonhas após a construção de um novo terminal de passageiros, proposta pela concessionária — Foto: Reprodução/TV Globo
O segundo aeroporto com maior movimento do país será administrado pela Aena por 30 anos. A espanhola venceu o leilão pelo bloco de aeroportos em quatro estados por R$ 2,45 bilhões em agosto de 2022. A concessão prevê, entre as melhorias ao aeroporto:
- Passar dos 18 milhões de passageiros atendidos em 2022 para 22 milhões;
- Ampliar as vias de acesso ao aeroporto;
- Reformar banheiros e fachada;
- Aumentar as pontes de embarque e, também, as salas de embarque;
- Entregar um novo terminal de passageiros, que tem previsão de início das obras para o segundo semestre de 2024;
- Conectar o novo terminal à futura Linha 17-Ouro do Monotrilho, cujas obras foram retomadas e está com expectativa de entrega para 2026.
Entrega das chaves do Aeroporto de Congonhas à concessionária espanhola Aena — Foto: Reprodução/TV Globo
Um momento simbólico marcou a mudança de gestão, com a entrega das chaves do aeroporto no Salão Nobre de Congonhas na tarde desta segunda (16).
“Vamos fazer melhorias em toda a infra-estrutura atual. Terá melhorias de acesso pela Washington Luís, recirculação, calçadas mais amplas tanto para embarque quanto para desembarque e também novos bolsões para táxi ou carro por aplicativo”, afirmou Santiago Yus, diretor-presidente da Aena.
Com as obras, a área do aeroporto deve passar dos atuais 35 mil m² para 80 mil m².
A respeito da integração com o Monotrilho, como Congonhas é tombado pelo patrimônio histórico, o projeto terá de ser aprovado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico (Conpresp).
Fonte: G1