Amazonas inicia vacinação de profissionais da educação no interior do estado
O Governador acompanhou o início da vacinação no município de Iranduba.
O governador Wilson Lima acompanhou, nesta segunda-feira (17/05), o início da vacinação contra a Covid-19 dos profissionais da educação da Região Metropolitana de Manaus, na Escola Estadual de Tempo Integral (EETI) Maria Izabel Ferreira Xavier Desterro e Silva, no município de Iranduba (a 27 quilômetros da capital). Nota Técnica Conjunta da Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM) e da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), publicada sexta-feira (14/05), destina quase 10 mil doses de imunizantes para a fase inicial da vacinação desse público.
O Comitê Estadual de Enfrentamento da Covid-19 decidiu, na última sexta-feira, começar a imunização dos profissionais da educação, em consonância com a decisão da juíza da 1ª Vara da Federal do Amazonas, Jaiza Fraxe, que determinou que a União encaminhasse 40 mil doses extras de vacinas para esse público.
A Nota Técnica Conjunta destina 9,8 mil doses remanescentes da vacina AstraZeneca da Central Estadual de Distribuição de Imunobiológicos do Plano Nacional de Imunização (PNI) da FVS-AM para iniciar a vacinação.
“Isso não vai impactar a vacinação de outros grupos, mas assim que chegar o lote do Governo Federal, nós vamos fazer um mutirão para vacinar o mais rápido possível todos esses profissionais da área de educação”, ressaltou Wilson Lima.
As doses remanescentes são enviadas para suprir possíveis perdas operacionais, ocasionadas principalmente por falha no transporte e na excursão de temperatura. E, quando não são utilizadas, podem ser administradas.
A quantidade de 9,8 mil é destinada para primeira dose e segunda dose do grupo prioritário 18 do PNI. Esse grupo corresponde aos trabalhadores de creches, pré-escolas, Ensino Fundamental, Ensino Médio, profissionalizantes e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Inicialmente, as vacinas vão atender os municípios de Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Novo Airão, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva. “Nossa expectativa é que, até o fim deste mês, 20 municípios já estejam com todos os seus profissionais imunizados”, disse o governador.
A pedagoga Kátia Souza foi uma das profissionais imunizadas na EETI Maria Izabel Ferreira, em Iranduba. Ela estava ansiosa pelo retorno das aulas presenciais, que começam nesta quarta-feira (19/05). “Nós estávamos esperando por esse momento, um momento gratificante, porque o que nós queremos é o retorno dos nossos alunos. Sonhamos ver todos os nossos alunos aqui na escola estudando”, disse a pedagoga.
Outros dois municípios da Região Metropolitana de Manaus – Careiro da Várzea e Silves – já vacinaram o grupo prioritário 18, de acordo com levantamento da Secretaria de Estado da Educação e Desporto. Nessas duas cidades, o planejamento local de imunização está avançado, e isso possibilitou a imunização dos profissionais da educação.
Os demais municípios que compõem a Região Metropolitana serão incluídos nos próximos dias nas Notas Técnicas que dão as diretrizes da vacinação no estado.
Em virtude do escalonamento da disponibilidade de doses de vacinas, SES-AM e FVS recomendam que as prefeituras municipais adotem critérios de priorização por faixa etária. São quatro níveis de prioridade: de 50 a 59 anos (1); de 40 a 49 anos (2); de 30 a 39 anos (3); e de 18 a 29 anos (4). O nível 1 tem precedência sobre os demais, e assim sucessivamente.
Cem por cento imunizados – Ainda segundo levantamento da Secretaria de Estado de Educação e Desporto, os planejamentos de imunização municipais de 11 cidades do interior já atenderam profissionais da educação. Além de Silves e Careiro da Várzea, já imunizaram o grupo prioritário 18: Barcelos, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, São Gabriel da Cachoeira, Canutama, Anori, Apuí, Santa Isabel do Rio Negro e Tabatinga. Além disso, o município de Urucurituba já deu início à vacinação desses profissionais.
A estimativa da secretaria é que 40% dos 26 mil profissionais da rede estadual já foram imunizados durante a vacinação de outros grupos: ribeirinhos, indígenas, pessoas com comorbidades e pessoas acima de 60 anos.
Ambiente seguro – Os protocolos adotados nas escolas tornam o ambiente seguro, segundo levantamento da FVS. O monitoramento da rede privada de ensino, realizado de 31 de março a 9 de maio, mostrou que, nesse período, nenhum aluno foi infectado pelo novo coronavírus.
Para a aferição, 2.643 testes RT-PCR foram realizados, e perto de 1% deu positivo (27). Desse total, nove eram professores. O teste RT-PCR é considerado o exame de padrão ouro pelas autoridades sanitárias. “O ambiente escolar é o ambiente mais seguro que se tem para o desenvolvimento de qualquer atividade, e isso é provado cientificamente”, disse o governador.
Desde o dia 5 de março, está facultado o retorno das aulas na rede privada. “Então não é justo que a iniciativa privada retorne e no público isso também não se repita”, disse Wilson Lima.
Unidades preparadas – Desde o ano passado, as escolas da rede estadual estão adaptadas para que se façam cumprir todos os protocolos de segurança em saúde. Foram instalados nas unidades pias e totens/dispositivos de álcool gel e sabão, para que os estudantes e demais membros da equipe escolar possam higienizar corretamente as mãos. Além disso, as unidades dispõem de tapetes sanitizantes e sinalizações com os principais protocolos e medidas de segurança e enfrentamento à Covid-19.
Aulas híbridas – O retorno às atividades presenciais nas escolas estaduais dos 61 municípios do interior do Amazonas foi autorizado pelo Comitê Intersetorial de Enfrentamento à Covid-19 na sexta-feira (14/05).
Em 2021, a Secretaria de Estado de Educação e Desporto vai atender cerca de 211 mil estudantes no interior do estado, em 374 instituições nos 61 municípios.
Para a volta às aulas, as turmas serão divididas em dois grupos (A e B), que frequentarão a escola em dias alternados, como aconteceu no ano passado. Quando um grupo estiver na unidade, o outro deverá estar em casa, acompanhando as transmissões do “Aula em Casa” ou com as atividades remotas designadas pelas escolas. Os grupos serão definidos pela própria equipe escolar da unidade, que deverá informar os pais e/ou responsáveis.