Anac restringe operação de turbojatos no aeroporto de Fernando de Noronha por risco à segurança

A decisão ocorre após três anos de monitoramento operacional da pista

Anac restringe operação de turbojatos no aeroporto de Fernando de Noronha por risco à segurança
Foto: Reproducao

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou a restrição parcial, a partir de 12 de outubro, das operações de pouso de aeronaves com motores à reação (turbojatos, como o B737) no aeroporto de Fernando de Noronha. A decisão ocorre após três anos de monitoramento operacional da pista. A restrição não inclui as aeronaves turboélice, como os modelos ATR72 e Caravan.

Segundo a Anac, a medida é reflexo de risco à segurança de passageiros e tripulantes e será mantida até que o operador aeroportuário cumpra com as exigências da Anac, previstos no Regulamento Brasileiro da Aviação Civil.

Em 2019, a Anac verificou degradação de trechos da pista, ainda em nível médio de severidade. Na ocasião, foi apresentado planejamento de recuperação do pavimento. No entanto, até 26 de setembro de 2022 o operador ainda não havia conduzido a restauração do pavimento, apenas intervenções pontuais com aplicação de asfalto pré-misturado a frio.

“Esse tipo de asfalto não tem aderência adequada à camada asfáltica existente e costuma apresentar desprendimento quando o pavimento aeroportuário é submetido a esforços durante a operação de aeronaves turbojato”, diz a Anac em comunicado.

A desagregação extrema do material usado nos reparos pode causar ingestão e danos aos motores, sobretudo em turbinas, além de possíveis prejuízos à fuselagem e pneus das aeronaves.

Operações de emergência médica ou de transporte de valores com coordenação aeroportuária prévia podem ser feitas em regime de exceção.

Fonte: Valor/Globo