Após 4 quedas, arrecadação cresce em outubro e atinge R$ 215,6 bilhões, diz Receita Federal
No período acumulado de janeiro a outubro deste ano, a arrecadação teve queda real de 0,68%, registrando o valor de R$ 1,9 trilhão
Após quatro meses seguidos de queda, a arrecadação do governo federal registrou alta real de 0,1% em outubro deste ano na comparação com o mesmo período de 2022 e fechou o mês em R$ 215,6 bilhões — é o melhor resultado para o mês da série histórica, iniciada em 2008.
Já no período acumulado de janeiro a outubro deste ano, a arrecadação teve queda real de 0,68%, registrando o valor de R$ 1,9 trilhão. É o quarto mês seguido que o número vem negativo.
Os números foram divulgados nesta segunda-feira (27) pela Receita Federal. Os valores foram corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A alta marginal interrompe o ciclo de quatro meses em queda, iniciado em junho de 2023, quando houve decréscimo real de 3,37%. Em julho, a redução foi de 4,1%, em junho, chegou a 4,2%. Em setembro, o valor foi menor e chegou a 0,34%. Todas as comparações são feitas em relação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo a Receita, o resultado da arrecadação foi influenciado por alterações na legislação tributária e por pagamentos atípicos, especialmente de IRPJ e CSLL, tanto em 2022 quanto em 2023.
Outro fator considerado pelos técnicos da Receita foi os saldos das contas de trabalhadores em PIS/Pasep em conjunto com a Cofins que apresentaram ao todo uma arrecadação de R$ 37,4 milhões, representando crescimento real de 8,20%.
Nos números apresentados, a Previdência teve arrecadação expressiva, em R$ 48,7 milhões, com crescimento real de 3,28%. Segundo a Receita, esse desempenho é explicado pelo crescimento real de 1,72% da massa salarial. Além disso, houve crescimento de 27% nas compensações tributárias com débitos de receita previdenciária.
O Imposto de Renda Pessoa Física também apresentou uma arrecadação de R$ 4.404 milhões, com aumento real de 5,88%.
“A arrecadação de outubro veio bastante positiva em todos tributos, inclusive no Imposto de Renda, que reduziu um pouco a diferença negativa do mês anterior. Nós creditamos isso ao ritmo de recuperação da atividade neste finalzinho de ano. Há uma expectativa que esse fim de ano tenhamos uma recuperação mais acentuada da atividade econômica”, disse o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias.
“Alguns setores podem ter um desempenho negativo em relação ao ano anterior. Mas, há uma expectativa positiva. A arrecadação responde, evidentemente, a esses indicadores, ao comportamento dos agentes econômicos. A gente reconhece esses valores otimistas com relação ao mês anterior”.
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Fonte: CNN