'As janelas vibraram': moradores da Grande SP relatam tremor de terra nesta segunda-feira
Centro de Sismologia indica que o abalo em Osasco, Carapicuíba e outras localidades teve origem natural
A cidade de Barueri, localizada na região metropolitana de São Paulo, registrou um tremor de terra de magnitude 2.4 mR na tarde desta segunda-feira. O evento ocorreu às 13h41 (horário de Brasília) e foi sentido pela população de várias regiões, incluindo cidades vizinhas como Osasco, Carapicuíba, Barueri e no bairro de Pinheiros, na capital paulista, como informou a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR). Moradores dessas localidades relataram os momentos de tensão nas redes sociais.
"Janelas vibraram aqui em casa", contou um internauta no X. Em outras postagens na mesma rede, moradores relataram barulhos e preocupação com o abalo sentido. "Senti tremores de terra em Osasco, e conheço outras pessoas que também sentiram em outros bairros de SP, inclusive em Carapicuíba. Teve terremoto?", perguntou um usuário. "Vim saber se alguém de Osasco já tinha falado sobre esse barulho/tremor de agora pouco... Fiquei assustada", admitiu outro perfil.
Considerado de pouca magnitude, o abalo sísmico foi registrado pelas estações da RSBR, organização pública responsável por monitorar a sismicidade do território nacional, e analisado pelo Centro de Sismologia da USP. Segundo o órgão, até o momento acredita-se que o sismo teve origem natural, mas não se pode descartar a atividade de mineração de pedreiras ou indústrias de cimento na região.
“Os tremores naturais, em sua grande maioria, se devem a grandes pressões geológicas atuando na crosta terrestre. O tremor que as pessoas sentem é resultado de uma movimentação repentina em alguma falha ou fratura, que ‘escorrega’ por causa das pressões geológicas”, informou o órgão.
Embora tenha sido sentido em diferentes cidades, é pouco provável que o tremor dessa magnitude gere grandes problemas. Também vale destacar que terremotos não são incomuns no Brasil. Eventos de magnitude 2 a 3 ocorrem semanalmente em diferentes partes do país, mas a maioria não é sentida pela população.
Com coordenação do Observatório Nacional, com apoio do Serviço Geológico do Brasil (SGB /CPRM), a RSBR monitora a sismicidade através das quase cem estações sismográficas espalhadas pelo território nacional, encarregadas de fornecer dados essenciais para a compreensão da atividade sísmica e da estrutura interna da Terra.
As estações são operada pelo Centro de Sismologia da USP, do Observatório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis /UFRN) e do Observatório Nacional.