Aumento no preço do gás natural nas distribuidoras passa a valer neste domingo (1º)

Reajuste de 19% pode impactar moradores que consomem gás natural canalizado e motoristas com carros que utilizam GNV

Aumento no preço do gás natural nas distribuidoras passa a valer neste domingo (1º)
Reajuste no preço final repassado ao consumidor ainda é incerto 03/05/2006REUTERS/Caetano Barreira

O aumento de 19% nos preços de venda de gás natural para as distribuidoras, anunciado pela Petrobras, na sexta-feira (29), passa a valer a partir deste domingo (1º).

Segundo a Petrobras, o ajuste segue a atualização de fórmulas acordadas em contrato com as distribuidoras, com base na variação dos preços do gás, do petróleo Brent e da taxa de câmbio.

“A atualização trimestral dos preços do gás e anual para o transporte atenua volatilidades momentâneas e assegura previsibilidade e transparência, disse a estatal”, em nota.

A empresa acrescentou ainda que o preço final do gás natural ao consumidor também é influenciado pelas margens das distribuidoras e pelos tributos federais e estaduais.

Desde 2016, a Petrobras adota a Política de Preços de Paridade de Importação (PPI), que vincula os preços praticados no país aos que são praticados no mercado internacional tendo como referência o preço do barril de petróleo tipo Brent, que é calculado em dólar.

O aumento não vale para os botijões a base de gás liquefeito de petróleo (GLP). A medida deve impactar consumidores de gás natural canalizado e motoristas com carros que utilizam Gás Natural Veicular (GNV).

Mas percentual de reajuste no preço final repassado ao consumidor ainda é incerto. A Petrobras disse que outros fatores exercem influência como as margens de lucro das distribuidoras e dos postos de revenda e os tributos federais e estaduais.

Setores da indústria que usam o gás natural como fonte de energia também serão impactados. Isso ocorre, por exemplo, na produção química, metalúrgica, farmacêutica e têxtil.

Alta nas cotações

Nos últimos meses, houve uma grande elevação da cotação do petróleo sob influência dos impactos da guerra na Ucrânia, entre outros fatores. O barril saiu de US$ 82 no início de janeiro, chegou a US$ 130 em março, e agora tem se estabilizado próximo aos US$ 105.

*Com informações de Agência Brasil

Pedro Zanattado CNN Brasil Business