Brasil gera 130 mil postos de trabalho em novembro, com alta em relação ao mesmo mês de 2022

Na parcial do ano, foram criadas 1,91milhão de vagas formais – menos que o mesmo período de 2022. Alta em novembro foi puxada pelo setor de serviços, que gerou 92.620 postos.

Brasil gera 130 mil postos de trabalho em novembro, com alta em relação ao mesmo mês de 2022
Mulher segura carteira de trabalho em Maceió (AL) — Foto: Jonathas Lins/Secom Maceió

O Brasil gerou 130.097 postos de trabalho com carteira assinada em novembro, informou nesta quinta-feira (28) o Ministério do Trabalho e Emprego.

O registro representa uma alta frente ao mesmo mês de 2022, quando foram geradas 127.832 vagas de emprego.

No acumulado de janeiro a novembro, no entanto, o número de postos com carteira assinada caiu em relação a 2022. No ano passado eram 2,5 milhões e neste ano 1,91 milhão.

O número positivo em novembro é resultado de:

  • 1.866.752 contratações
  • 1.736.655 demissões

O destaque de novembro é o setor de serviços. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que o segmento apresentou um saldo de 92.620 postos, puxado por contratações nas áreas de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas.

o comércio registrou a criação de 88.706 postos de trabalho em novembro, com destaque para o comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, mercadorias em geral e da área de calçados.

Queda na indústria

Segundo o Ministério do Trabalho, o impacto sazonal reduziu a criação de postos com carteira assinada na indústria, com queda de 12.911 postos de trabalho.

Outras áreas também perderam postos em novembros:

  • Construção Civil (-17.300)
  • Agropecuária (-21.017)

Os números apontam ainda que das 27 unidades da federação, 23 registraram saldos positivos.

Goiás (-7.073), Mato Grosso (-4.178) postos (-0,47%) e o Piauí (-124 postos) foram as unidades com saldo negativo.

Salário médio

Em novembro deste ano, o salário médio das novas contratações ficou em R$ 2.021,73, menor do que registrado em outubro de 2023, que foi de R$ 2.031,36.

Conforme o Caged, o salário médio de demissão ficou em R$ 2.132,88 em novembro de 2023. Em outubro deste ano, foi de R$ 2.117,92.

Projeção para 2024

O secretário executivo do MTE e ministro interino, Francisco Macena, projeta um crescimento da geração de empregos em 2024, em razão do aumento do salário mínimo e da redução da taxa de juros, o que permitirá mais investimentos.

"Ele [salário mínimo] vai, no ano que vem, ter reajuste de R$ 92 e achamos que com isso vai aumentar o consumo, vai movimentar a economia e vai gerar emprego. O cenário para o ano que vem a gente considera que poderá ser muito mais positivo ainda", declarou Macena.

Por: G1