Canadá manda fechar escritório do TikTok no país; governo cita 'risco à segurança nacional'

Chinesa ByteDance, dona do TikTok, disse que vai recorrer da decisão e que ela vai causar a 'destruição de centenas de empregos bem pagos'; medida não afeta uso do aplicativo, que continua disponível no país.

Canadá manda fechar escritório do TikTok no país; governo cita 'risco à segurança nacional'
Canadá ordena fechamento do escritório do TikTok no país. — Foto: AP - Michael Dwyer

O governo do Canadá mandou fechar a TikTok Technology Canada, Inc., filial canadense do TikTok, na última quarta-feira (6). O “banimento” só vale para o escritório da empresa e não afeta o uso do aplicativo no país.

“O governo não está bloqueando o acesso dos canadenses ao aplicativo TikTok ou sua capacidade de criar conteúdo. A decisão de usar um aplicativo ou plataforma de mídia social é uma escolha pessoal”, disse o Ministro da Inovação, Ciência e Indústria canadense, François-Philippe Champagne.

Segundo comunicado do governo canadense, a decisão é resultado de um processo de revisão de segurança nacional de várias etapas”, foi feita com base na Investment Canada Act (lei sobre investimento estrangeiro no país) e está relacionada aos riscos à segurança nacional ligados à chinesa ByteDance, proprietária do TikTok.

“Embora o Canadá continue a acolher o investimento estrangeiro direto, o governo agirá decisivamente quando os investimentos ameaçarem nossa segurança nacional”, concluiu o Ministro canadense em comunicado à imprensa.

Em resposta, o TikTok disse que vai contestar a ordem no tribunal e que a decisão vai “destruir centenas de empregos locais bem pagos" no país.

Resposta do TikTok, divulgada no dia 6 de novembro, na íntegra:

"Fechar os escritórios canadenses do TikTok e destruir centenas de empregos locais bem pagos não é do interesse de ninguém, e a ordem de fechamento de hoje fará exatamente isso. Nós contestaremos essa ordem no tribunal. A plataforma TikTok permanecerá disponível para que os criadores encontrem um público, explorem novos interesses e para que as empresas prosperem".

@G1