Cidadão Honorário: O que Lewis Hamilton ouviu de lideranças negras sobre o Brasil
Heptacampeão de Fórmula 1 recebeu o título de Cidadão Honorário do Brasil
O heptacampeão de Fórmula 1 da Mercedes, Lewis Hamilton, recebeu na segunda-feira (7) o título de Cidadão Honorário do Brasil, outorgado pela Câmara dos Deputados. Em seguida, a convite da Embaixada Britânica no Brasil, Hamilton encontrou 20 lideranças do movimento negro em Brasília.
Lewis recebeu dos ativistas uma série de presentes e souvenirs, como um lenço com o rosto da vereadora Marielle Franco, um boné com a sigla CPX, do Complexo do Alemão, e uma camisa do Movimento Negro Unificado.
Além de sua atuação destacada no esporte, Hamilton é conhecido por seus frequentes pronunciamentos políticos e contra o racismo. Em sua vitória no GP de Interlagos, Hamilton homenageou o campeão Ayrton Senna usando um capacete dado pela família do piloto brasileiro.
A CNN ouviu de sete participantes suas mensagens e impressões do encontro com o piloto.
Anielle Franco, diretora do Instituto Marielle Franco e irmã de Marielle (RJ) : Meu objetivo era falar o quanto ele inspira o povo negro, o movimento negro, mas também falar um pouco da história de luta que a gente tem feito. Quando eu me apresentei, ele falou que já tinha lido e escutado falar da minha irmã. É prova de que a gente está no caminho certo também, né? Ele se posicionou e tem feito um trabalho marcante para o povo negro, uma luta para protagonizar.”
René Silva, fundador do jornal Voz da Comunidade (RJ) : “Entreguei um exemplar do jornal e expliquei sobre. Entreguei também um boné do CPX, que foi vítima de vários ataques nessas eleições. Significa Complexo do Alemão, que é o lugar onde eu moro. Eu senti que ele estava muito interessado e ficou muito surpreso quando eu disse que comecei o jornal com onze anos. É um ato importante, esse diálogo com várias instituições, com várias pessoas pretas do nosso país. É um momento histórico para a gente seguir nossa luta, pautando e tendo maior visibilidade.”
Benedita da Silva, Deputada Federal (RJ): “Um encontro fantástico. Ele não só expressa isso como traz pra nós uma energia altamente positiva da nossa história. Uma das coisas que ele disse foi dele falando com os jovens brasileiros, falando para prosseguir, ter foco e ir adiante. Ele se admirou da minha idade, quando eu disse que tenho 80 anos e sempre estive na luta contra o racismo e pela política de gênero. Disse que, agora que ele tem esse pedaço do coração brasileiro nós estamos aqui para abraçá-lo”.
A CNN ouviu de sete participantes suas mensagens e impressões do encontro com o piloto.
Anielle Franco, diretora do Instituto Marielle Franco e irmã de Marielle (RJ) : Meu objetivo era falar o quanto ele inspira o povo negro, o movimento negro, mas também falar um pouco da história de luta que a gente tem feito. Quando eu me apresentei, ele falou que já tinha lido e escutado falar da minha irmã. É prova de que a gente está no caminho certo também, né? Ele se posicionou e tem feito um trabalho marcante para o povo negro, uma luta para protagonizar.”
René Silva, fundador do jornal Voz da Comunidade (RJ) : “Entreguei um exemplar do jornal e expliquei sobre. Entreguei também um boné do CPX, que foi vítima de vários ataques nessas eleições. Significa Complexo do Alemão, que é o lugar onde eu moro. Eu senti que ele estava muito interessado e ficou muito surpreso quando eu disse que comecei o jornal com onze anos. É um ato importante, esse diálogo com várias instituições, com várias pessoas pretas do nosso país. É um momento histórico para a gente seguir nossa luta, pautando e tendo maior visibilidade.”
Benedita da Silva, Deputada Federal (RJ): “Um encontro fantástico. Ele não só expressa isso como traz pra nós uma energia altamente positiva da nossa história. Uma das coisas que ele disse foi dele falando com os jovens brasileiros, falando para prosseguir, ter foco e ir adiante. Ele se admirou da minha idade, quando eu disse que tenho 80 anos e sempre estive na luta contra o racismo e pela política de gênero. Disse que, agora que ele tem esse pedaço do coração brasileiro nós estamos aqui para abraçá-lo”.
Joel Luiz Costa, advogado da favela do Jacarezinho e coordenador executivo do Instituto de Defesa da População Negra (RJ) : “O trato com ele foi facilitado porque ele é uma pessoa com consciência. É muito comum que as pessoas como grandes esportistas vivam num universo paralelo, ignorem a realidade de certas opressões que não os alcançam mais. Ele foge e vai contra essa correnteza, como também foi Mohamed Ali, um grande ídolo pra mim. Eu percebi claramente o interesse dele de ouvir a todos e todas.”
Marconi Ribeiro, Secretário da Juventude de Recife e fundador da Organização Coque Conecta (PE) : “Lewis é uma referência para nós. Falei com ele sobre isso, o quanto ele nos inspira enquanto ser humano, na moda e na forma como ele usa a plataforma dele para falar e quebrar realmente várias barreiras. Ele usa o acesso que conseguiu para levar uma mensagem, de romper com narrativas construídas para gerar cada vez menos oportunidade para a gente."
Ruth Venceremos, Drag Queen e ativista do Movimento Sem Terra (DF): “Ele foi muito receptivo, um processo de escuta. Ele demonstrou ter conhecido o MST e o movimento LGBT. Ele realmente mostrou conhecer um pouco do Brasil. Muito nos honra enquanto povo brasileiro poder se conectar com outros povos na figura dele, extremamente inspirador, sobretudo para a nossa juventude.”
Daniel Paixão, Fundador do Fruto de Favela (PE): “Ele ficou impactado quando falei que queremos construir um parque de tecnologia para a periferia. Ele ficou curioso e eu senti ali que ele recebeu a mensagem que a gente queria passar. Estamos construindo em Pernambuco uma revolução para que as periferias consigam cada vez mais ter acesso às tecnologias e promover mais dignidade para os nossos povos. Para mim, como jovem é surreal de importante conseguir ver as referências negras que estão ocupando grandes espaços.”
Por: CNN Brasil