Cientistas descobrem que afinal Alzheimer não è uma doença cerebral.

O Alzheimer pode ser uma doença autoimune com início no intestino. Estudos recentes mostram que o Alzheimer não é apenas um problema do cérebro, mas sim o estágio final de um processo sistêmico que começa em outro lugar, o intestino.
Quando o intestino está permeável, chamado de síndrome do intestino permeável, partículas de alimentos mal digeridos, toxinas e bactérias atravessam a barreira intestinal e entram na corrente sanguínea. Isso aciona uma resposta imunológica crônica. Com o tempo, esse sistema imunológico ativado constantemente começa a atacar tecidos do próprio corpo, inclusive o cérebro.
O resultado? Inflamação crônica no sistema nervoso central, disfunção da barreira hematoencefálica e acúmulo de proteínas neurotóxicas, como a beta-amiloide. Tudo isso é uma característica de uma resposta autoimune mal direcionada.
Além disso, a microbiota intestinal, os bilhões de bactérias que vivem no intestino, influencia diretamente o eixo intestino, cérebro. Um desequilíbrio nessa flora, chamado disbiose, pode estimular inflamações cerebrais, prejudicar a produção de neurotransmissores e acelerar a neurodegeneração.
Ou seja, o Alzheimer pode ser consequência de um corpo inflamado, um intestino desregulado e um sistema imunológico perdido, que passou a enxergar o cérebro como inimigo.
Isso muda tudo, porque se tratarmos a origem, intestino, inflamação, metabolismo, nutrição, é possível prevenir e até reverter estágios iniciais.
Por: Dr. Ricardo Fernandes/ https://www.instagram.com/dr.ricardofernandes?igsh=MTF1aXI2cWF2ZWs4dw==