Ciro Gomes diz que costura apoio com o União Brasil para candidatura à Presidência
Em evento no Rio, pedetista informou que um novo encontro já tem data marcada e a “conversa está bem encaminhada”; o político também voltou a falar sobre a política de preços da Petrobras e afirmou que é um problema de ‘governança política’
O pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) admitiu, nesta quarta-feira (30), que está costurando apoio com o União Brasil (resultado da fusão de PSL e DEM), para sua candidatura. A declaração foi dada durante seminário no Rio de Janeiro para falar sobre a Petrobras.
“Essa é uma conversa que começou recentemente em um jantar com o presidente [Luciano] Bivar e o secretário-geral ACM Neto. Estávamos presentes eu e Carlos Lupi, que é presidente do PDT, e nós combinamos que essa conversa não vai ter pressa. Porque há muitas contradições, mas combinamos que é necessário que essa conversa se aprofunde e se repita.”
O ex-ministro da Fazenda emendou dizendo que um novo encontro com o partido já tem data. “Nós já temos um novo encontro marcado para logo em seguida ao dia 2 de abril, que é o prazo final das filiações partidárias. A conversa está bem encaminhada porque temos em comum uma sensação de que nós precisamos produzir uma alternativa para que o povo brasileiro não seja obrigado a escolher entre o coisa ruim e o coisa pior e reproduzir essa lógica de ódios e paixões que está destruindo a nação brasileira”.
Durante o evento o presidenciável voltou a falar sobre a política de preços da Petrobras e afirmou que se trata de um problema de ‘governança política’ e que é possível mudar esse formato.
“[Jair] Bolsonaro está mentindo, ele diz que não pode fazer isso e aquilo, ele pode perfeitamente. Isso mostra de novo que nós temos problema de modelo econômico e problema de governança política. O Michel Temer é o cara que o Lula fez um conchavo e botou na vice-presidência da Dilma. Então o Michel Temer é que faz a mudança da política de preço com uma ordem ao conselho de administração. Não é uma lei, não é nada. Então mudar isso significa intervenção? Claro que não é”.
O pré-candidato também falou sobre corrupção. “Políticos estão criando caminhos artificiais de tirar dinheiro da saúde e educação do povo para subsidiar importação de petróleo. Isso tudo é corrupção e quem está pagando amargamente isso é o caminhoneiro, motorista de aplicativo de táxi e mais gravemente a dona de casa. Quase 3 milhões de famílias não podem mais usar o gás de cozinha e estão voltando a usar carvão e lenha.”