Contas públicas têm superávit de R$ 104 bilhões em janeiro; dívida recua
A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou janeiro em 75,3%, contra 76,1% no mês anterior

As contas do setor público consolidado apresentaram um superávit primário de R$ 104,1 bilhões em janeiro deste ano, informou o Banco Central nesta sexta-feira (14). Na comparação com janeiro do ano passado, quando o saldo positivo somou R$ 102,1 bilhões, houve aumento.
O resultado ficou acima das projeções do mercado. A pesquisa Projeções Broadcast indicava uma mediana de superávit de R$ 101,80 bilhões, com estimativas variando de R$ 76,40 bilhões a R$ 118,70 bilhões.
O levantamento do BC aponta que o governo central (composto pelo Tesouro Nacional, Banco Central e INSS) foi responsável por um superávit de R$ 83,150 bilhões em janeiro. Os Estados e municípios também registraram saldo positivo, com superávit de R$ 21,952 bilhões, enquanto as estatais fecharam o mês com déficit de R$ 1,006 bilhão.
Os Estados apresentaram superávit de R$ 20,270 bilhões, enquanto os municípios tiveram saldo positivo de R$ 1,681 bilhão.
A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou janeiro em 75,3%, contra 76,1% no mês anterior.
Em tese, o resultado das contas públicas, em janeiro, foi favorecido pela arrecadação. Os números da arrecadação em janeiro, porém, ainda não foram divulgados pela Receita Federal. Estão atrasados, em meio à greve por reajuste salarial dos servidores do órgão.
Contas públicas: no resultado nominal, houve superávit de R$ 63,7 bi em janeiro
Quando se incorporam os juros da dívida pública na conta – no conceito conhecido no mercado como resultado nominal, utilizado para comparação internacional –, houve superávit de R$ 63,7 bilhões nas contas públicas em janeiro.
No acumulado em doze meses até janeiro, porém, foi registrado um resultado negativo (déficit) de R$ 956 bilhões, ou 8,05% do PIB.
Esse número é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco para a definição da nota de crédito dos países, indicador levado em consideração por investidores.
Por: CL Notícias