Cúpula do Congresso e mais: os parlamentares que viajam ao Japão com Lula

A comitiva do presidente Lula (PT) para Japão e Vietnã tem a participação dos presidentes do Senado e da Câmara, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB), além de parlamentares do PT e do centrão, o que deve esvaziar a pauta de votações.

Cúpula do Congresso e mais: os parlamentares que viajam ao Japão com Lula
Comitiva brasileira chega a Tóquio; da esq. para dir., os ministros Renan Filho e Camilo Santana, os senadores Rodrigo Pacheco e Davi Alcolumbre, o presidente Lula, os deputados Hugo Motta e Arthur Lira, o senador Jaques Wagner e a ministra Marina Silva - Imagem: Ricardo Stuckert - 24.mar.2025/PR

Parlamentares vão no mesmo avião de Lula. O convite a Alcolumbre e Motta foi estendido às lideranças do Senado e da Câmara. Os que não puderam ir enviaram representantes. Confira os nomes:

  • Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (BA);
  • Ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG);
  • Ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL);
  • Líder do PP na Câmara, Dr. Luizinho (RJ);
  • Líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL);
  • Líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas (MA);
  • Líder do PCdoB na Câmara, Renildo Calheiros (PE);
  • Odair Cunha (PT-MG)

Congresso custeia despesas com hospedagem. Na semana passada, a Mesa Diretora do Senado aprovou os requerimentos de licença de Alcolumbre, Wagner e Pacheco para a missão oficial, com encargos para a Casa. Foram pagas nove meias-diárias para cada senador, o que totaliza R$ 49,4 mil para as despesas com hospedagem, alimentação, entre outros, de 22 a 30 de março. O seguro-viagem de cada parlamentar custou R$ 907,14.

Câmara pagou despesas por cinco dias. Pelas regras da Casa, é permitido pagar uma diária de US$ 428 para viagens de até cinco dias. Os parlamentares também poderiam solicitar o pagamento de passagens aéreas, mas, no caso da viagem à Ásia, o benefício foi dispensado, já que os deputados viajam em aviões do presidente.

Congresso terá semana de pautas leves. A ausência dos presidentes das duas Casas vai reduzir o ritmo de trabalho no Senado e na Câmara. Motta e Alcolumbre elaboraram, junto aos líderes, uma pauta sem propostas polêmicas.

Reforma ministerial pendente. A viagem acontece com a reforma na Esplanada incompleta. Pacheco já esteve com Lula e recusou compor o governo pelos próximos dois anos. A decisão pegou alguns petistas de surpresa, uma vez que eles esperavam que o ex-presidente do Senado disputasse o governo de Minas em 2026. Lira também era cotado para ganhar um ministério, mas por ora continua na Câmara.

Lula quer cultivar uma boa relação com o Congresso. O petista tem feito alguns gestos à cúpula do Congresso. Na semana passada, o petista almoçou com os dois parlamentares no Planalto após a cerimônia da medida provisória que criou o novo empréstimo consignado privado. Em fevereiro, Lula viajou com Alcolumbre para o Amapá e criticou o presidente do Ibama pela demora em liberar os estudos sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial. A licença é uma das principais pautas defendida pelo senador amapaense.

Fonte: Uol