Eleições nos EUA: Biden consegue indicações suficientes para ser candidato do Partido Democrata à presidência
Atual presidente norte-americano venceu prévias do partido nos estados do Georgia e Mississippi nesta terça-feira (12). Trump também venceu na Georgia e se aproxima dos números delegados necessários para conseguir a indicação pelo Partido Republicano.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alcançou o número de delegados necessários para concorrer às eleições presidenciais pelo Partido Democrata. Biden venceu as prévias nos estados da Georgia e do Mississippi nesta terça-feira (12).
Com a vitória, Biden superou preocupações sobre sua liderança dentro do próprio partido. Segundo a Associated Press, o atual presidente conquistou 2.007 delegados. Eram necessários 1.968 para a indicação.
O ex-presidente Donald Trump também venceu no estado da Georgia e está perto da indicação pelo Partido Republicano. A apuração das prévias republicanas em Mississippi ainda está em andamento.
Com os resultados desta terça (12), a disputa presidencial de 2024 se encaminha para uma revanche na eleição geral entre Trump e Biden, algo que muitos eleitores não desejam, segundo a AP.
Votos das prévias republicanas ainda estão sendo contados também nos estados de Washington e Havaí. Se Trump obter a vitória nesses dois estados e no Mississippi, ele atingirá o número de 1.215 delegados necessários para a indicação. Até a última atualização desta reportagem, ele havia conquistado 1.181 delegados.
Biden e Trump foram os grandes vencedores da Superterça (5), dia em que mais de 15 estados dos EUA foram às urnas nas primárias dos respectivos partidos.
Pelo Partido Republicano, Trump venceu "de lavada" sua oponente Nikki Haley, que levou apenas no estado de Vermont. Haley anunciou a desistência ra pré-candidatura na manhã de quarta-feira (6).
Pelo lado do Partido Democrata, Biden teve uma Superterça tranquila e perdeu apenas no território independente das Ilhas Samoa.
Biden versus Trump
A próxima eleição dos EUA será uma revanche entre Biden e Trump, dois presidentes com baixa popularidade entre os eleitores. Será a primeira vez desde 1912 que dois presidentes dos EUA se enfrentam numa votação.
Biden já tem feito críticas e ataques a Trump. O atual presidente afirma que o seu antecessor é uma ameaça à democracia. Segundo ele, Trump "está conduzindo uma campanha de ressentimento, vingança e retaliação que ameaça o próprio conceito do que é ser americano" e a ameaça que Trump representa "é maior do que nunca".
Trump já reconheceu que Biden será o candidato do Partido Democrata e usou a idade do atual presidente para criticá-lo.
Ao falar sobre Biden em uma entrevista na rede CNBC, Trump disse que é o único oponente do atual presidente "além da vida".
Trump enfrenta processos criminais relativos a quatro casos:
- O caso do manuseio de documentos classificados.
- A tentativa de reverter a eleição de 2020 na Justiça federal.
- A tentativa de reverter os resultados da votação no estado da Geórgia.
- A manipulação de dados contábeis do pagamento de dinheiro a uma ex-atriz pornô.
Biden, de 81 anos, está trabalhando para garantir aos eleitores ele ainda é fisicamente e mentalmente capaz de trabalhar no cargo mais importante do mundo.
Ele também está lidando com desentimentos em seu próprio partido: parte dos eleitores do Partido Democrata acham que os EUA deveria agir mais para impedir a guerra de Israel contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.
No mês passado, em Michigan, para protestar, uma parte dos eleitores do Partido Democrata marcou o voto nas primárias como "não comprometido".
A campanha pelo voto "não comprometido" apareceu em outros estados, como o estado de Washington.
Trump também deve alcançar a indicação formal
Trump está a perto de conquistar o número de delegados necessários para garantir a indicação do Partido Republicano.
Ele levou mais 11 delegados antes das primárias de terça-feira, quando o Partido Republicano do Texas anunciou que todos os 161 delegados do estado são do ex-presidente, com base nos resultados das primárias da semana passada.
Sem ter certeza de que alcançará a marca, a campanha de Trump não planejou uma grande festa de vitória, como fez na semana passada, quando centenas de pessoas lotaram seu clube Mar-a-Lago para uma celebração da Superterça.
Fonte: G1