Elon Musk chega ao Brasil para encontro com Bolsonaro
Segundo ministro das Comunicações, objetivo é discutir conectividade e proteção da Amazônia com o governo brasileiro. SpaceX, empresa de transporte espacial do homem mais rico do mundo, teve autorização da Anatel em janeiro para operar no país.
O bilionário Elon Musk chegou ao Brasil na manhã desta sexta-feira (20) para um encontro com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros integrantes do governo.
A aeronave do empresário pousou por volta das 9h em um aeroporto privado de São Roque, cidade a cerca de 70 km.
Musk é dono da empresa SpaceX, que desenvolve sistemas aeroespaciais, transporte espacial e comunicações, incluindo, o projeto da rede de satélites Starlink, que promete conexão de internet super-rápida e em lugares remotos do planeta.
Segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, o objetivo é discutir "conectividade e proteção da Amazônia".
O encontro vai ocorrer no Hotel Fasano de Porto Feliz (SP), a cerca de 60 km do aeroporto. O deslocamento em comboio até o hotel de luxo no interior de SP deve contar com apoio do policiamento rodoviário, ambulância e do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep).
Segundo apuração da TV Tem, a reunião deve ter cerca de 100 convidados e está prevista para começar às 10h e se encerrar por volta das 12h. A previsão é que Musk embarque novamente no aeroporto de São Roque entre 13h e 14h.
Quem é Elon Musk?
Elon Musk é o homem mais rico do mundo. Em 2021, ele foi eleito a "Personalidade do Ano" pela revista "Time". Excêntrico, Musk é responsável por empreitadas como a empresa de exploração espacial SpaceX e a fabricante de carros elétricos Tesla.
Em maio passado, durante uma aparição no programa americano "Saturday Night Live", Musk revelou que tem Síndrome de Asperger, um tipo de autismo leve.
"Para qualquer um que tenha ficado ofendido, só quero dizer que reinventei os carros elétricos e estou mandando pessoas para Marte em um foguete. Você achou que eu também seria um cara normal e tranquilo?", completou.
Filho de um sul-africano e de uma canadense, Musk nasceu em Pretória, na África do Sul. Ele viveu no país até 1989, quando se mudou para o Canadá pouco antes do seu aniversário de 18 anos.
Começou a faculdade na Queen's University em Ontário, no Canadá, mas no meio da graduação se mudou para a Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Ele é bacharel em física e economia e se naturalizou americano. Leia aqui a trajetória de Elon Musk.
Há um mês, o bilionário fez uma oferta de US$ 41,5 bilhões (cerca de R$ 205 bilhões) em dinheiro para assumir o controle total do Twitter. No que chamou de sua "melhor e final" tentativa de compra da companhia, Musk prometeu pagar US$ 54,20 por ação.
No início de abril, ele informou que comprou uma participação de 9,2% da rede social em uma operação efetivada em março. Após a compra, no entanto, rejeitou fazer parte do conselho de administração do Twitter. No documento enviado, Musk afirmou que, caso a oferta não fosse aceita, reconsideraria sua posição de acionista.
"Desde que fiz meu investimento, me dei conta de que a companhia não vai nem prosperar nem atender a esse imperativo social em sua forma atual. O Twitter precisa ser transformado em uma empresa privada", escreveu em carta endereçada ao presidente do conselho da rede, Bret Taylor.
Nas últimas semanas, Musk tem questionado como a rede social lida com a liberdade de expressão, ao indicar comentários como questionáveis e bloquear usuários. No final de março, o executivo questionou – no próprio Twitter – se uma nova plataforma seria necessária para manter essa liberdade.
Perguntado por um seguidor no dia 26 de março sobre a possibilidade de desenvolver uma nova rede social, que colocasse a liberdade de expressão como prioridade e tivesse um algoritmo de código aberto, Musk disse que estava "pensando seriamente nisso".
O bilionário, inclusive, já teve problemas com suas postagens na rede social. Ele foi proibido de fazer declarações que afetassem o valor das ações da Tesla sem que elas fossem avaliadas previamente pelo conselho da montadora, depois que ele tuitou, ainda em 2018, que pensava em tirar as ações da empresa da bolsa, o que fez o preço dos papeis disparar.
Também já recebeu críticas por alguns de seus comentários, como quando insultou um mergulhador que ajudou no resgate de um grupo de crianças presas em uma caverna na Tailândia.
O Twitter, como outras plataformas de mídia social, suspende contas por violar padrões de conteúdo, incluindo violência, discurso de ódio ou desinformação prejudicial.
Por G1.