Fumaça de queimadas florestais volta a encobrir Manaus nesta terça-feira (27)

Fenômeno acontece pela mudança de ventos que trouxeram fumaça das queimadas que atingem o sul do estado

Fumaça de queimadas florestais volta a encobrir Manaus nesta terça-feira (27)
Qualidade do ar em Manaus é considerada muito ruim — Foto: Reprodução

A fumaça ocasionada pelas intensas queimadas florestais no Amazonas voltou a encobrir Manaus na manhã desta terça-feira (27). Segundo o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), a frente fria que chegou no sul do estado mudou a rota dos ventos, o que resultou na vinda da fumaça à capital amazonense.

Esta é a sexta vez que o fenômeno acontece em Manaus, já que na terceira semana deste mês foram registrados cinco dias de forte fumaça sobre a cidade.

De acordo com o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), a capital do Amazonas atingiu, nesta terça, a qualidade do ar considerada “péssima” em alguns bairros da cidade.

Para ser considerado de boa qualidade, o ar precisa medir entre 0 e 25 μm/m³ (micrómetro por metro cúbico de AR). Em Manaus, segundo o sistema de vigilância, a área mais afetada é o bairro Aleixo, que registrou os níveis de poluição em 141.6 µg/m³.

Ainda de acordo com o Selva, praticamente em toda a cidade a qualidade do ar para a população é considerada “muito ruim”, com registros que vão desde 95 µg/m³ e chegando até 123 µg/m³.

Crise Ambiental

O Amazonas vive um cenário ambiental crítico devido à combinação de seca dos rios e queimadas. Segundo dados divulgados pelo governo estadual em agosto, a seca já afeta quase 290 mil pessoas. Cidades têm dificuldades de receber insumos, há aumento no preço de produtos e comunidades indígenas e ribeirinhas podem ficar isoladas.

Além disso, as queimadas têm registrado recordes no estado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No sábado (24), eram 7 mil focos registrados no mês, superando os dados de agosto de 2023.

Neste ano, segundo previsões do governo estadual, o Amazonas pode enfrentar uma seca intensa semelhante ou até pior do que a de 2023, a mais severa registrada na história do estado. Atualmente, 20 dos 62 municípios estão em situação de emergência.

Combate as queimadas

O Corpo de Bombeiros informou que está atuando desde junho no sul do Estado, por meio da Operação Aceiro. Na manhã desta segunda-feira (27) mais 200 militares foram enviados para se juntar a força tarefa de combate aos incêndios

Além disso, o governo do estado informou que o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) também têm trabalhado no combate às queimadas na região.

Fonte: G1