Garimpeiros fecham BR-319 em Porto Velho em protesto após dragas serem incendiadas em operação no rio Madeira

Via foi liberada durante a noite após mais de três horas de manifestação. Operação contra garimpo ilegal é realizada em Rondônia e no Amazonas.

Garimpeiros fecham BR-319 em Porto Velho em protesto após dragas serem incendiadas em operação no rio Madeira
Manifestação na BR-319 em Porto Velho — Foto: Carolina Brazil

Garimpeiros e familiares fecharam na tarde desta quarta-feira (12) um trecho urbano da BR-319 em Porto Velho em protesto após dragas terem sido explodidas no rio. Uma operação da Polícia Federal, Ibama e ICMBio contra o garimpo ilegal no rio Madeira está sendo realizada em Rondônia e no Amazonas.

Durante a manifestação, pneus foram incendiados na estrada que dá acesso ao Porto Organizado e à ponte sobre o rio Madeira, que liga Rondônia ao Amazonas. Filas de carros e carretas foram formadas dos dois lados da via esperando pela liberação da BR.

A Polícia Militar e o secretário de Segurança Pública estiveram no local negociando para que o fogo ateado em pneus fosse apagado e a estrada liberada. Helicópteros da Polícia Militar, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Corpo de Bombeiros também estiveram no local.

Após mais de três horas de bloqueio, motoristas forçaram a passagem por entre os manifestantes e a rodovia foi liberada.

Operação no rio Madeira

A operação "Lex Et Ordo", contra o garimpo e exploração de ouro ilegal no rio Madeira, está sendo realizada em Rondônia e no Amazonas pela Polícia Federal (PF), pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Segundo a PF, a ação busca desestruturar organizações criminosas que lucram causando prejuízos ambientais com a mineração, modificação do curso natural do rio, destruição da vegetação ribeirinha e interrupção de canais de água.

Nesta quarta-feira (12), dragas foram explodidas no rio como forma de inutilização dos equipamentos irregulares. Em vídeos que circulam pela internet, familiares dos garimpeiros que trabalhavam nas dragas reclamam da ação e afirmam que algumas das balsas serviam também como moradia.

Ainda de acordo com a PF, foram inutilizadas 81 embarcações. A operação continua sendo realizada na região e há previsão de novas ações de combate ao garimpo ilegal.

O rio Madeira é considerado uma Área de Proteção Ambiental, e não tem a atividade de garimpo permitida no local.

Por: G1 Amazonas