Golpe da “mão fantasma” usa acesso remoto para obter dados bancários; veja como se proteger
A coordenadora do Idec Ione Amorim explica a pesquisa que testou aplicativos de bancos
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor identificou que houve um aumento de reclamações de vítimas do golpe do acesso remoto ou da “mão fantasma”.
O Idec, que consultou a segurança de bancos como o Nubank, Itaú, Santander e Bradesco, divulgou nesta semana um relatório sobre a fraude.
Na tentativa de golpe, o criminoso se passa por atendente de banco e aciona o usuário para que acesse remotamente a sua conta via celular ou notebook.
No aplicativo de acesso remoto, o fraudador observa o cliente da instituição financeira entrando no ambiente do banco e digitando a senha.
Munido das informações, posteriormente, a fraude – seja Pix, transferências ou mesmo empréstimos – é cometida usando os dados de acesso.
“A tecnologia trouxe facilidade, mas também novos desafios para a população e necessidade de educação digital para lidar com essa realidade”, analisou a coordenadora do programa de Serviços Financeiros do Idec Ione Amorim.
À CNN Rádio, ela contou que o instituto acompanhou os critérios de segurança dos bancos.
“O Idec entende que o acesso remoto é uma comodidade, mas a questão da segurança deve se sobrepor”, disse.
Segundo a economista, os bancos “têm criado barreiras de melhoria” à medida que os golpes ganham força.
“O ideal é que, para que se tenha a possibilidade de acessar remotamente, haja um cadastro prévio, monitorado pelos bancos”, completou.
Dicas de segurança
Ione Amorim destacou que as pessoas devem “seguir todos os critérios de segurança das próprias instituições financeiras”, seja biometria ou controle de senhas.
“É importante nunca utilizar redes abertas de wi-fi para fazer consultas e transações, além de monitorar a fonte de pagamento de comércios eletrônicos para se certificar que quem receberá é a empresa”, acrescentou.
Mais uma dica essencial é a de “nunca entrar em links ou responder imediatamente mensagens SMS.”
“Normalmente os fraudadores se utilizam da característica psicológica do consumidor: seja do lado de um superdesconto ou medo”, disse.
No caso do medo, pode ser uma mensagem dizendo que uma compra de valor alto foi feita no nome do usuário, ou que algum benefício será cancelado.
*Com produção de Isabel Campos da CNN