Governo federal descarta volta do horário de verão em 2024
Adoção deve voltar a ser discutida ano que vem, segundo ministro
O governo federal decidiu que não vai retomar o horário de verão neste ano, após discussões sobre o tema nos últimos meses. "Chegamos à conclusão que não há necessidade de decretação para esse período, para este verão", disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nesta quarta-feira (16). Segundo ele, a adoção do horário voltará a ser avaliada no ano que vem.
Segundo o ministro, apesar de o país ter vivenciado a maior seca de sua história, as medidas tomadas ao longo do ano fizeram com que os reservatórios chegassem a índices que dão tranquilidade e por isso não seria necessário adotar o horário de verão, em que os relógios são atrasados em uma hora.
A estiagem havia levado o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a recomendar a medida, apontando que o horário de verão iria contribuir para uma eficiência maior do Sistema Interligado Nacional (SIN), especialmente no horário de 18h às 20h, quando a geração solar cessa e também há mais demanda por energia.
A aplicação do horário de verão poderia levar a uma redução de 2,9% da demanda máxima, trazendo uma economia no custo da operação próxima a R$ 400 milhões de outubro a fevereiro, segundo relatório da ONS.
Apesar da recomendação, o tema dividia opiniões dos setores empresariais do país. Associações das áreas de comércio, turismo e lazer se manifestavam a favor, com expectativa de maior movimentação nas ruas. Já setores do transporte aéreo e de indústria eram mais resistentes. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) disse que seria necessário um prazo de seis meses para adequar horários e conexões, considerando que os bilhetes são vendidos com quase um ano de antecipação.
Por: Correio