Homem morto ao vivo em TV na Índia tinha mais de 100 acusações criminais
O ex-político indiano Atiq Ahmed, 60, e seu irmão, Ashraf, foram mortos a tiros em um crime transmitido ao vivo na televisão da Índia. Ahmed enfrentava mais de 100 acusações criminais, tendo sido condenado por sequestro e extorsão.
Quem era Atiq Ahmed?
- Foi membro do Parlamento indiano entre 2004 e 2009. Antes disso, foi o equivalente a um deputado estadual, tendo vencido sua primeira eleição em 1989, segundo a BBC.
- Enfrentava mais de 100 acusações criminais. Ahmed foi acusado pela primeira vez em 1979, em um caso de assassinato. Na década seguinte, conquistou forte influência na parte ocidental da cidade de Allahabad.
- Foi condenado por sequestro e extorsão. Em 2019, o principal tribunal da Índia ordenou que a sua transferência para outra prisão depois que descobriu-se que Ahmed planejava ataques a um empresário na unidade prisional onde estava detido. Na ocasião, o ex-político aguardava julgamento em outro caso.
- No mês passado, um tribunal o condenou à prisão perpétua em um caso de sequestro ocorrido em 2006.
- Filho foi morto nesta semana por forças do governo. Asad era procurado pelo assassinato de Umesh Pal, testemunha-chave na morte de um advogado pertencente ao partido Bahujan Samaj (BSP). Ahmed também era um dos suspeitos.
- Últimas palavras foram sobre enterro do filho. Antes de ser morto ao vivo, Ahmed explicava a jornalistas a razão de não ter ido ao enterro do filho: "Não me levaram, então não pude ir".
Como Ahmed foi morto?
- Ahmed conversava com repórteres quando levou um tiro na cabeça. Ele estava sendo levado ao hospital para um check-up, algemado e escoltado pela polícia. Os atiradores se passaram por jornalistas e atiraram à queima-roupa em Ahmed e em seu irmão. O caso aconteceu em Prayagraj, no norte da Índia.
- Três pessoas foram presas, segundo a polícia. Os nomes dos supostos atiradores não foram divulgados.
- Assassinos gritaram palavras de ódio contra muçulmanos. É a minoria étnica na Índia à qual pertenciam os irmãos. A polícia ainda não confirmou se o caso foi motivado por intolerância religiosa.
- Um policial e um repórter sofreram ferimentos leves. Eles caíram em meio ao tumulto após os disparos, divulgou a imprensa local.
Fonte: Uol