Ibovespa engata 5ª alta seguida e fecha aos 115 mil pontos, no maior patamar em sete meses
O principal índice do mercado de ações brasileiro avançou 0,77%, aos 115.488 pontos.
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em alta nesta quarta-feira (7), puxado por Vale, Petrobras e empresas de consumo doméstico. Investidores repercutiram a divulgação da inflação de maio, que veio bem abaixo das expectativas do mercado e seguiram monitorando o cenário de juros no Brasil e no mundo.
Ao final do pregão, o índice avançou 0,77%, aos 115.488 pontos. no maior patamar desde dezembro. Veja mais cotações.
Entre os destaques da sessão, os papéis da Petrobras subiram mais de 2%, enquanto os da Vale avançaram mais de 1,5%. As duas empresas possuem grande participação no Ibovespa.
Na véspera, o Ibovespa teve alta de 1,70% e foi aos 114.610 pontos, no maior patamar do ano. Com o resultado de hoje, o índice passou a acumular ganhos de:
- 2,60% na semana;
- 6,60% no mês;
- 5,24% no ano.
No mercado cambial, o dólar fechou em alta de 0,25%, cotado a R$ 4,9245.
O que está mexendo com os mercados?
O grande destaque do dia ficou com a inflação brasileira, que mostrou uma forte desaceleração em maio e veio abaixo das expectativas.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, a inflação oficial do país) desacelerou a 0,23% no último mês, contra projeções de alta de 0,33%.
O resultado abaixo do esperado reforça a perspectiva de que o Banco Central deve começar um ciclo de cortes da taxa básica (Selic) em breve, o que favorece o consumo no Brasil.
Ainda no ambiente doméstico, o cenário político também continua no radar, com expectativas pela reforma tributária.
"Na tarde de ontem, o relator do projeto apresentou o relatório preliminar sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Segundo integrantes, o governo tenta concluir a discussão do texto na Câmara antes do recesso parlamentar, em 17 de julho, priorizando o tema", comenta Antonio Sanches, analista da Rico Investimentos.
O grupo de trabalho da Câmara dos Deputados que discute a reforma, propôs a adoção de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, um imposto seletivo para produtos nocivos à saúde, "cashback" para famílias de baixa renda, além de alíquotas diferenciadas para áreas como saúde e educação.
Já no cenário externo, o dia foi de agenda esvaziada nos Estados Unidos e investidores seguem na expectativa sobre qual será a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na próxima semana.
Atualmente, as taxas de juros no país estão entre 5,00% e 5,25% ao ano, no maior patamar em 16 anos. Juros elevados no país aumentam os rendimentos dos títulos públicos, considerados os mais seguros do mundo, o que leva a uma migração dos investidores, que retiram seus recursos dos ativos de risco, como o mercado de ações.
Além disso, destaque também para dados econômicos da China, que vieram piores do que o esperado. As exportações no país asiático caíram 7,5% em maio, abaixo das expectativas de queda de 1,0%. As importações, porém, tiveram uma baixa menos acentuada, de 4,5%, enquanto o mercado projetava 8,1%.
Fonte: G1