Ibovespa sobe aos 131 mil pontos e tem novo recorde histórico, com juros dos EUA no radar; dólar cai
O principal índice acionário da bolsa de valores brasileira subiu 0,68%, aos 131.084 pontos. Já a moeda norte-americana caiu 0,65%, cotada a R$ 4,9047.
O dia foi de agenda econômica mais vazia, com o volume de negócios nos mercados globais já começando a diminuir por conta do fim de ano.
Já o dólar fechou a sessão em queda, depois de oscilar bastante pela manhã.
No exterior, investidores continuaram repercutindo as perspectivas para as taxas de juros dos Estados Unidos no próximo ano, após novas declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Por aqui, o destaque ficou com o boletim Focus, relatório do Banco Central do Brasil (BC) que reúne projeções para os principais indicadores econômicos. O documento mostrou que as expectativas para a inflação para 2023 caíram mais uma vez.
Veja abaixo o dia nos mercados.
Dólar
Ao final da sessão, o dólar recuou 0,65%, cotado a R$ 4,9047. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira (15), a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,07%, vendida a R$ 4,9144. Com o resultado de hoje, passou a acumular quedas de:
- 0,65% na semana;
- 0,21% no mês;
- 7,07% no ano.
Ibovespa
O Ibovespa encerrou em alta de 0,68%, aos 131.084 pontos, renovando sua máxima histórica.
Na sexta-feira, o índice fechou com baixa de 0,49%, aos 130.197 pontos. Com o resultado, passou a acumular ganhos de:
- 0,68% na semana;
- 0,21% no mês;
- 19,46% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
Desde a última reunião do Federal Reserve, que manteve as taxas inalteradas entre 5,25% e 5,50% ao ano, as apostas do mercado financeiro se concentram em quando será iniciado o ciclo de cortes de juros norte-americanos.
Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta, afirmou à Reuters que espera dois cortes de juros em 2024, mas adiantou que isso só deve acontecer no terceiro trimestre. Na mesma linha, o presidente do Fed de Nova York, John Williams, disse considerar que uma discussão de cortes de juros em março ainda é prematura.
Segundo analistas do BTG Pactual, esses posicionamentos reduziram as expectativas de uma baixa nas taxas de forma mais acelerada, como o mercado aguardava. A ansiedade se instaurou depois do tom do comunicado e da coletiva de imprensa do presidente da instituição, Jerome Powell, indicando uma posição mais benevolente do Fed.
Além disso, investidores também aguardam novos dados de inflação nos Estados Unidos, que devem ser divulgados ainda nesta semana.
No Brasil, o dia não teve grandes movimentos. Além de seguir atento ao avanço das pautas econômicas por parte do governo, o mercado ainda repercutiu a nova edição do Boletim Focus do BC.
Nesta segunda-feira o documento mostrou que os economistas reduziram a expectativa de inflação deste ano de 4,51% para 4,49%. É a primeira vez desde junho de 2022 que os analistas projetam o IPCA deste ano abaixo de 4,5%.
A estimativa está abaixo do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3,25% neste ano, podendo oscilar entre 1,75% e 4,75% neste ano.
Se a projeção do mercado financeiro se confirmar, será interrompida uma sequência de dois anos de descumprimento da meta de inflação. Em 2021, o IPCA somou 10,06%. E, em 2022, a inflação somou 5,79%.
Já para 2024, a expectativa de inflação é de 3,93%, enquanto a meta é de 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Fonte: G1