Invasões de contas bancárias explodem com roubos de celular
Golpes como pedido de empréstimo, compras on-line e desvio de pix estão entre as queixas mais comum, diz site ReclameAqui
No ano passado, um celular foi roubado a cada minuto no Brasil. Com aplicativos de bancos, meios de pagamentos e corretoras instalados, a quantidade de reclamações por invasão de contas tem crescido junto com os relatos de roubo, aponta o site ReclameAqui.
Também é possível realizar compras online tanto pelos dados dos cartões como com aqueles salvos nas plataformas e disponíveis no celular, além de pedir empréstimo em instituições financeiras e desviar dinheiro das contas por meio do de PIX ou transferências e boletos.
De acordo com os registros do ReclameAqui, o número de reclamações relacionadas a roubo de celular seguido de invasão a contas cresceu quase todos os meses de 2022.
Em janeiro, houve 160 reclamações para bancos e meios de pagamento na plataforma. Mas o pico foi em maio, com 296 reclamações, um crescimento de 85% em 5 meses. Em junho as reclamações tiveram leve queda com 245 registros mas ainda bem acima do início do ano.
Nubank é campeão de reclamações
O Nubank foi a instituição com mais reclamações desse tipo no semestre, somando 299. Em seguida, aparece Mercado Pago, com 270, e o PicPay, com 128 reclamações. As três empresas são responsáveis por 54% das reclamações no período, mais da metade de todas as outras juntas.
“O segmento bancário é aquele que mais investe em tecnologias voltadas à segurança, e isso não é de hoje, são muitas décadas de investimentos. Contudo, não há tecnologia que seja capaz de assegurar proteção contra posturas pouco seguras no uso de um smartphone, ou de mecanismos menos seguros oferecidos pelas próprias instituições financeiras”, diz em nota Diego Campos, executivo do site de reclamações.
Segundo ele, muitas pessoas acabam facilitando a vida dos criminosos por uma certa comodidade. Por exemplo, a maior parte não bloqueia a tela do smartphone. Ou, se bloqueiam, utilizam padrões menos seguros de bloqueios, como desenhos óbvios feitos com os dedos. “Há quem também armazene informações sigilosas, como senhas bancárias, em aplicativos de notas ou planilhas sem nenhum tipo de segurança ao seu acesso”, afirma.
Por: Valor Investe