Juju Salimeni diz que era tratada como "lixo" no 'Pânico': "Não cabe nos dias de hoje"

Apresentadora diz que ganhava R$ 200 por gravação quando era Panicat

Juju Salimeni diz que era tratada como "lixo" no 'Pânico': "Não cabe nos dias de hoje"
Juju Salimeni (Foto: Reprodução/YouTube)

Juju Salimeni, de 35 anos, se abriu sobre o período em que participou do programa Pânico  como Panicat, na época da RedeTV. Em seu desabafo, a apresentadora considera o programa machista e diz que o conteúdo não faria sucesso atualmente.

"Não era feliz, mas não posso reclamar. Foi um treinamento de guerra. Não cuspo no prato em que comi, mas não era saudável mentalmente", disse ela, ao jornalista Léo Dias, em entrevista publicada neste domingo (31), reforçando que foi feliz como assistente de palco do Legendários.

Ao ser questionada sobre como era tratada, Juju disparou: "Lixo. Mulher era um pedaço de carne. Mas meu sustento vinha dali. A gente ganhava R$ 200 por gravação. Se tivesse uma só no mês ou duas, era isso. Mas tínhamos vários eventos, presenças VIP... não parávamos. Foi um ótimo início".

A apresentadora afirmou em seguida que as mulheres da atração não eram tratadas de forma decente. "De jeito nenhum. A gente era bem desvalorizada. Era um programa de homens, total machista. Não cabe nos dias de hoje. É absurdo para os dias atuais. Eles não souberam se adequar. Existia humor depreciativo e uma forma de zoar as mulheres", avaliou.

Juju reforçou que não se importava de ser vista de forma sexualizada, mas não concordava com o desrespeito. "Não tenho problema nenhum que me olhem e me achem gostosa e estar ali [exposta] de fio-dental. Até hoje eu trabalho com isso, malho para isso e quero mais é mostrar. Se as meninas estavam ali de biquíni, não existia uma valorização como 'ah, elas são lindas, ícones'. Não tinha isso", lamentou.

Juju Salimeni no cenário de seu podcast (Foto: Thais Aline/ Fio Condutor)

Juju Salimeni no cenário de seu podcast (Foto: Thais Aline/ Fio Condutor)

No papo, a apresetadora falou sobre a atual relação com seu ex-marido, Felipe Franco, contra quem chegou a enfrentar uma batalha judicial. "Hoje não temos contato. A gente não se encontra mais em eventos por causa da pandemia. Se nos encontrarmos, com certeza vou cumprimentar sem problema algum. São 15 anos, é metade da minha vida. Não é superar, você aceita aquilo e ressignifica. É alguém que fez parte da minha vida e me ajudou a construir minha história. Sou o que sou por tudo que passei, e a pessoa sempre vai existir no meu passado", disse a musa fitness, que namora atualmente o fisiculturista Diogo Basaglia.

Juju também comentou o quanto eles cresceram um com o outro. "Ele tem os méritos dele. É um atleta super renomado, focadíssimo, empresário, está na política agora, tem diversos fãs e seguidores. Eu acho que dei visibilidade a ele quando não era conhecido, mas também tive a estrutura dele de me ajudar a treinar. Ambos se ajudaram, e isso você só enxerga depois com a maturidade", relembrou.

Em relação a seus namoros, ela afirmou que não vê problema de dar visibilidade para alguém, mas que não aceita ser chamada pelo nome artístico. "Chamou de Juju, acabou. É Juliana ou Ju. [Caso contrário] A pessoa não tá te vendo. Mas eu tenho muita sorte, e as pessoas que entraram na minha vida não têm essa visão", disse.

Ao falar sobre suas publicidades no Instagram, Juju contou que trabalha atualmente com mais de 30 marcas e comemorou seu faturamento: "É muito bom, graças a Deus. Dá para comprar um apartamento por mês".

Fonte: Quem/Globo