Justiça manda que governo federal explique, até segunda-feira (13), aumento nos combustíveis
Ação civil pública foi ajuizada, no Distrito Federal, pelo Conselho Nacional do Transporte de Cargas, sindicatos e Frente Parlamentar Mista do Caminhoneiro Autônomo e Celetista. Governo tem 72 horas para se manifestar.
A juíza Flávia de Macêdo Nolasco, da 9ª Vara Federal de Brasília, deu um prazo de 72 horas para que o governo federal se manifeste sobre o aumento do preço dos combustíveis anunciado na quinta-feira (10), pela Petrobras, e que passou a valer nesta sexta (11).
A ação civil pública foi ajuizada pelo Conselho Nacional do Transporte de Cargas (CNTRC), Sindicatos dos Transportadores Autônomos de Cargas de Guarulhos e de Jundiaí e pela Frente Parlamentar Mista do Caminhoneiro Autônomo e Celetista, que reúne 235 deputados e 22 senadores.
O despacho com o pedido de informações para que a Justiça Federal decida sobre a liminar foi feito nesta sexta-feira. O prazo para que o governo e a Petrobras se pronunciem termina na segunda-feira (13).
As entidades pedem a suspensão imediata do reajuste nos combustíveis e gás de cozinha:
- 18,8% de aumento na gasolina
- 24,9% de aumento no litro do diesel
- 16,1% de aumento no gás de cozinha vendidos às distribuidoras
Aumento provoca corrida aos postos
Nesta sexta-feira, no Distrito Federal, o litro da gasolina era vendido a quase R$ 8. Na quinta-feira (10), assim que soube do aumento, o brasiliense correu para os postos de combustíveis para tentar pagar um pouco menos.
As filas de carros para abastecer davam voltas. A cena se repetiu em várias cidades do país.
Segundo o presidente do Sindicombustíveis no DF, a diferença de preço para o mercado internacional é de R$ 1,10 para a gasolina e de R$ 1,40 para o diesel. Paulo Tavares diz que a Petrobras só repassou R$ 0,60 da gasolina e R$ 0,90 do diesel.
Já o gás de cozinha não passava por reajuste há 152 dias. Atualmente, o preço do produto no país é de R$ 102,64 o botijão de 13 kg, em média, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Fonte: G1