Lollapalooza: 3º dia tem tributo a Michael Jackson, convidados surpresa e show digno de popstar
Principal atração da noite, SZA mostrou por que foi escolhida como headliner do festival. Dia mais eclético, domingo também teve Sam Smith e Greta Van Fleet; saiba o que rolou.
A edição de 2024 do Lollapalooza terminou neste domingo (23), no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, com o dia mais eclético da programação.
A principal atração da noite foi a cantora americana SZA, vencedora de três prêmios no Grammy 2024, entregou uma apresentação digna de uma das melhores popstars em atividade.
Outro destaque do último dia foi Sam Smith. Pela terceira vez no Brasil, segunda no Lolla, Smith fez um festa de pop bonita para o público, com trocas de figurinos e corpo de balé sensual.
Na programação nacional, Gilberto Gil fez uma apresentação impecável, com "bolsões de lama" na plateia, Livinho impressionou com um tributo a Michael Jackson e, de surpresa, Rael convidou os rappers Emicida e Mano Brown.
Veja abaixo o resumo do que rolou no terceiro dia do Lollapalooza 2024
SZA
Quem estranhou a presença de Solána Imani Rowe no topo do cartaz do Lollapalooza deve ter se arrependido dos questionamentos sobre a capacidade dela de ser headliner desta edição. A cantora americana de 34 anos foi a principal atração deste domingo de festival.
Vencedora de três prêmios no Grammy 2024, SZA entregou uma apresentação digna de uma das melhores popstars em atividade. Acaba sendo apenas um detalhe o fato de ela ainda ser um tanto desconhecida fora da bolha dos que amam rankings como o hot 100 da "Billboard", no qual ela chegou ao topo com "Kill Bill", canção em que mata a pau matando o ex.
Com a voz potente que se espera de uma diva, a performance é teatral e grandiosa, mas cheia de canções super pessoais. Leia mais sobre o show de SZA no Lollapalooza.
Sam Smith
Sam Smith já se sente bem à vontade em terras brasileiras.
Pela terceira vez por aqui, segunda no Lolla, Smith fez um festa de pop bem bonita para o público, com trocas de figurinos e corpo de balé sensual.
Smith viaja com a turnê do álbum "Gloria", do ano passado. "Esse show, essa noite, é sobre uma coisa: é sobre liberdade. É sobre a liberdade de vestir qualquer coisa que você queira vestir, de cantar a música que você queira cantar. E liberdade de ser o que você quiser ser. Então por favor, todo mundo, se divirta essa noite. Nós amamos vocês". Leia mais sobre o show de Sam Smith no Lollapalooza.
Greta Van Fleet
O Greta Van Fleet encerrou a última noite do festival. A banda tocou para alguns fãs animados, os destemidos "greteiros" que se espremeram perto da grade do palco Samsung Galaxy, o segundo mais importante do evento.
A maioria do público, porém, recebeu os uivos e riffs distorcidos de guitarra de forma contemplativa e morna. Em vez dos costumeiros “air guitars”, a famosa simulação da guitarra no ar, e até “air bateria” na plateia, o que mais se via eram pessoas balançando levemente a cabeça. O cansaço chega para todos e todas após tres dias de festival. Leia mais sobre o show do Greta Van Fleet no Lollapalooza.
Phoenix
O Phoenix fez um baile indie bonito e com execução perfeita no Lollapalooza, com o vocalista Thomas Mars sendo carregado (em pé e deitado) pelo público no final.
"Wolfgang Amadeus Phoenix", álbum de 2009, foi o mais contemplado no setlist da banda. O show já começou com o maior hit, "Lisztomania": uma escolha inteligente para esquentar um público ansioso pelo R&B da cantora SZA, atração seguinte no mesmo palco.
O Phoenix ficou com uma tarefa ingrata: mostrar a um público muito jovem que o rock pode ter perdido protagonismo, mas ainda pode ser "cool". E eles conseguiram. Leia mais sobre o show do Phoenix no Lollapalooza.
Omar Apollo
Chegar até o Palco Alternativo no último dia de Lollapalooza talvez não tenha sido a missão mais fácil. Era preciso atravessar a muvuca e a lama.
Mas quem veio ver Omar Apollo no início da noite na área não se arrependeu. Ele entregou um show bonito e sensual. Uma ótima pedida para quem iria, mais tarde, acompanhar o show de SZA.
Apollo estava na programação do Lollapalooza do ano passado, mas, por conflito de agenda, ele precisou adiar sua passagem por aqui. Cheio de sensualidade, ele aposta em uma sonoridade que passeia pelo lo-fi R&B, pop alternativo e até no corrido, estilo musical tradicional do México, para falar de romances e corações partidos. Leia mais sobre o show de Omar Apollo no Lollapalooza.
Gilberto Gil
Aos 81 anos, Gilberto Gil tem mais de seis décadas de carreira. E continua mantendo seus shows impecáveis.
A apresentação do cantor no palco Galaxy lembrou por que Gil é um dos cânones da música brasileira. Vocal firme que encanta e vai do grave ao agudo com facilidade. Banda que sabe embalar seus arranjos cantáveis. Hits memorizados nos lábios de diferentes gerações. E carisma.
A apresentação do tropicalista foi uma sequência de hits, que agitou a gigantesca plateia que o assistiu — entre os "bolsões de lama" que deixaram buracos entre os fãs. Leia mais sobre o show de Gilberto Gil no Lollapalooza.
Livinho
Com 16 minutos de atraso, o show de Livinho começou com um recado nos telões: “preparem-se para o espetáculo”. Não é para menos. O cantor, que é um dos maiores nomes do funk, fez jus ao alerta e entregou uma apresentação digna do termo. Não é exagero afirmar que seu show foi um dos melhores de toda a edição.
O início da apresentação foi todo dedicado ao rei do pop Michael Jackson. Tributo que impressionou em todos os quesitos: dança, figurino e audiovisual.
O cantor entrou trajado com o clássico figurino de Michael, acompanhado de um balé também vestido com referências ao astro. Arrancando muitos gritos da plateia que o chamavam de “gostoso”, ele dançou o moonwalk e outros passos idênticos aos do americano. Leia mais sobre o show de Livinho no Lollapalooza.
Rael
Rael não havia anunciado convidados, mas fez uma surpresa aos fãs em seu show no Lollapalooza 2024. Uma, não. Duas. O rapper se apresentou no Palco Alternativo, e convocou Emicida e Mano Brown para participar do que ele chamou de seu "Raelpalooza".
O primeiro dos convidados a subir ao palco foi Emicida, cantando "O Hip Hop É Foda". Em seguida, Rael perguntou se o público estava gostando do show e disse que tudo podia ficar ainda melhor. Foi quando Mano Brown entrou no palco. O rapper também celebrou sua participação no Lollapalooza e comentou: "Tô muito feliz de estar aqui ocupando esse line-up diverso". Leia mais sobre o show de Rael no Lollapalooza.
Tz da Coronel e Oruam
Oruam, rapper de 22 anos e dono de traps entre os mais ouvidos nos serviços de streaming, subiu ao palco do Lollapalooza neste domingo (24). Mauro Davi dos Santos, nome real do artista, se apresentou usando uma camiseta pedindo pela liberdade do pai, o traficante Marcinho VP.
O show feito em parceria com rapper Tz da Coronel começou com cerca de 20 minutos de atraso no Palco Perry, que leva o nome do fundador do festival, o roqueiro Perry Farrell. O espaço é associado a sons mais eletrônicos e experimentais.
Sozinho, Tz da Coronel cantou “Anota a Placa”, “Inefável” e agitou o público com “Ela Joga no 7”. Mas os gritos dos fãs se intensificaram depois que Oruam se juntou ao parceiro. A dupla tocou sucessos como “Para de Mentir” e “Qual é o Plano”. MC Daniel, que já havia cantado no Lolla neste domingo, também participou do show. Leia mais sobre o show de Tz da Coronel e Oruam no Lollapalooza.
Fonte: G1