Luto! Morre o treinador Vágner Benazzi, o 'Rei do Acesso'
Apelidado de "Rei do Acesso", o treinador paulista nascido em Osasco levou o time alviverde à maior glória na conquista da segunda divisão do Campeonato Brasileiro e devolveu o futebol do DF à elite após 12 anos de jejum. Ele também comandou o Brasiliense na capital
Técnico do Gama na conquista da Série B do Campeonato Brasileiro em 1998, Vágner Benazzi morreu na madrugada deste domingo, aos 68 anos. A causa do óbito não foi divulgada. Nascido em Osasco, o treinador comandou o time alviverde na campanha do título da segunda divisão. O time alviverde terminou em primeiro lugar no quadrangular à frente do Botafogo-SP, Ferroviária e Londrina. Na partida do título, derrotou a equipe paranaense por 3 x 0, no velho Mané Garrinha, em uma arena abarrotada. Benazzi também trabalhou no Brasiliense.
Na melhor fase da carreira, Benazzi ganhou o apelido de Rei do Acesso. Assumia clubes de divisões inferiores do Campeonato Brasileiro e os catapultava. O histórico Gama de 1998 é um desses exemplos. Benazzi transformou em pôster o histórico time de Marcelo Cruz; Marcelo Cruz; Paulo Henrique, Gerson, Jairo e Rochinha; Deda, Kabila, Willian e Rodrigo; Nei Bala e Renato Martins. O time ainda contava com Adriano, Robertinho e Romualdo.
ArquivoCB/CB/D.A Press - 21/12/2003. Credito: ArquivoCB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Jogadores do GAMA e Técnico Vagner Benazzi festejam com a taça no Mané Garrincha.
Em entrevista ao Correio, o histórico diretor de futebol do Gama, Edvan Aires, falou sobre a importância de Benazzi na história do Gama. “Para nós, ele foi uma das peças mais importantes em toda a minha vida no futebol. Fomos campeões brasileiros da Série B. Ele chegou, e como já era campeão no interior de São Paulo, trouxa uma metodologia para subir, mesmo”, recorda.
Edvan conta que Benazzi fazia vários pedidos, ele se virava para atender e dava certo. “No dia da decisão (contra o Londrina), ele pediu para eu entrar em contato com as mães, namoradas, esposa. Queria levá-las para dentro do vestiário antes do jogo com os filhos. A mãe do Deda, inclusive, disse que o filho dela faria de tudo para conquistar o título”, conta o dirigente.
assumir o time na Série A (1999), trouxe um monte de jogador e falou que não os colocaria para jogar. Preferiu a prata da casa.
Impulsionado pelo trabalho de Benazzi, o Distrito Federal voltou a ter representante na elite pela primeira vez desde 1986. O Gama ficou quatro anos da Série A no período de 1999 a 2002. O velório será no Cemitério Bela Vista, em Osasco. O sepultamento será às 16h.
Por: Uol/ Correio Braziliense