Mais de 200 políticos do Partido Republicano assinam carta em apoio à candidata democrata Kamala Harris
Ala republicana é contra o candidato e ex-presidente Donald Trump e afirma que novo mandato dele enfraqueceria as instituições; eleições nos EUA serão em novembro.
Mais de 200 políticos e funcionários de ex-candidatos presidenciais do Partido Republicano, de Donald Trump, declararam, na terça-feira (27), apoio à candidatura de Kamala Harris, do Partido Democrata, na corrida pela Casa Branca. As eleições nos Estados Unidos serão em novembro deste ano.
O apoio foi endossado por 238 pessoas que trabalharam, por exemplo, para o ex-presidente George W. Bush e para o ex-senador John MacCain. Este foi o mais significativo apoio à candidatura dos democratas dado por uma ala do Partido Republicano.
Na carta aberta, o grupo afirmou que existem muitas divergências ideológicas com Harris e seu vice, Tim Walz, porém a alternativa a eles — no caso, Donald Trump — é "simplesmente insustentável" e que um novo mandato dele enfraqueceria as instituições.
Muitos dos nomes já haviam assinado uma carta em apoio a Biden antes das eleições presidenciais nos EUA de 2020.
As divisões dentro do Partido Republicano já tinham ficado evidentes. Durante a convenção democrata, realizada na semana passada, diversos políticos republicanos que romperam com Trump foram convidados a discursar.
Olivia Troye, ex-assessora do vice-presidente de Trump, Mike Pence, foi uma das republicanas signatárias que discursou no evento democrata em Chicago. Outra assinatura relevante é de Reed Galen, que trabalhou na gestão de George W. Bush e é um dos fundadores do Lincoln Project, organização em defesa da democracia dos EUA, abertamente anti-Trump.
Muitos dos mesmos signatários também emitiram uma carta em 2020 apoiando a candidatura de Biden em vez de Trump, informou a AP. A lista inclui desde ex-funcionários de alto escalão do governo até ex-estagiários da Casa Branca.
Trump planeja convidar para sua equipe de transição o ex-candidato alternativo Robert Kennedy Jr. e a ex-deputada Tulsi Gabbard. Ambos pertenceram ao Partido Democrata durante anos e agora apoiam Trump. As equipes de transição, previstas por lei, preparam a mudança do atual governo para o que for eleito, em novembro, e definem pessoas para os principais cargos.
Kennedy Jr., conhecido por fazer campanha contra vacinas, disse que quer indicar para a área da saúde cientistas que concordam com ele.
Em resposta ao manifesto, o porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, chamou a carta dos republicanos pró-Kamala de "hilária porque ninguém sabe quem são essas pessoas".
"Eles preferem ver o país queimar do que ver o presidente Trump retornar com sucesso à Casa Branca para tornar a América grande novamente", acrescentou Cheung.
Fonte: G1