Medidores da Amazonas Energia cobravam valores acima do consumo na fatura, diz Ipem
Segundo o presidente do Ipem, só no mês passado, foram encontrados irregularidades prejudiciais aos consumidores em seis medidores.
O diretor-presidente do Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas (Ipem), Márcio Brito, afirmou na sexta-feira (11), durante a 23ª reunião itinerante da CPI da Amazonas Energia, que foram encontradas irregularidades prejudiciais aos consumidores em seis medidores da concessionária, só no mês passado. O g1 entrou em contato com a empresa e aguarda um posicionamento.
A reunião foi coordenada pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), e ocorreu no bairro Alvorada, Zona Centro-Oeste de Manaus.
De acordo com o diretor-presidente do Ipem, desde 2019 o órgão fiscalizou mais de 25 mil medidores, e alguns apresentaram erros em desacordo à legislação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
“No total já foram fiscalizados mais de 25 mil medidores desde 2019. Só em janeiro deste ano, fiscalizamos 1.100. Encontramos vários aparelhos reprovados por situações diversas, destes, seis aparelhos residenciais distribuídos em bairros distintos da cidade foram identificados com erro na medição, contra o consumidor”, explicou Márcio Brito.
Em relação a essas irregularidades, o Ipem informou que vai lavrar o auto de infração e a empresa terá dez dias para apresentar defesa, e a multa pode chegar a R$ 5 milhões.
Ainda de acordo com Márcio Brito, o que vem acontecendo muito, que é abordado todos os dias na CPI da Energia da Aleam, é que a empresa retira os medidores, apresenta um laudo da própria empresa, ou seja, de forma unilateral e já aplica a multa.
“Nós estamos esclarecendo a população para que não aceite esse laudo da própria empresa, e que exija o laudo do Ipem que é um laudo imparcial, esse vai lhe dar a informação verdadeira se o seu medidor está certo ou errado. Se estiver errado a empresa tem todo direito de aplicar as multas”.
Já em relação a esses novos medidores, no dia 21 de janeiro a justiça determinou a paralisação dessas instalações, mas a empresa já tinha feito mais de 11 mil ligações. Por isso, o Ipem iniciou no dia 02 de fevereiro a fiscalização para saber se esses medidores estão marcando corretamente.
Ao todo são 50 padrões devidamente calibrados e instalados pelo Ipem, onde os mesmos serão monitorados no prazo de 21 dias. Após isso, os dados serão comparados com os aparelhos da Amazonas Energia para saber se haverá fraude no equipamento ou se os mesmos estarão medindo corretamente.
Fonte: G1/Amazonas