Ministério da Saúde libera 3ª dose para maiores de 60 anos; entenda as vantagens
Nova dose, no entanto, só poderá ser aplicada naqueles que tomaram a 2ª dose há mais de seis meses
O Ministério da Saúde anunciou, ontem (28/9), a terceira dose da vacina contra a covid-19 para maiores de 60 anos. Até então, a pasta havia confirmado apenas a dose de reforço para imunossuprimidos, profissionais de saúde e pessoas com 70 anos ou mais. O anúncio foi feito durante evento em comemoração aos mil dias do governo Jair Bolsonaro, em João Pessoa (PB). A medida foi divulgada pelo secretário executivo Rodrigo Cruz, ministro interino da Saúde, enquanto o chefe da pasta, Marcelo Queiroga, permanece em isolamento nos Estados Unidos após ter recebido diagnóstico positivo para covid-19.
Em vídeo publicado por Queiroga no Twitter, a medida foi possível “graças à estratégia diversificada adotada pelo governo federal na aplicação de vacinas”. De acordo com o ministério, a vacina deve ser aplicada nos adultos que tomaram a segunda dose há mais de seis meses. Cerca de 7 milhões de brasileiros se encontram nesta faixa etária. “É possível hoje, no final do mês de setembro, já ofertar para os idosos brasileiros uma dose de reforço”, afirmou o ministro.
Segundo o infectologista Alexandre Naime, a dose extra é fundamental, já que, com o passar do tempo, a imunização do grupo idoso vai decaindo, principalmente para aqueles acima de 70 anos. “Quatro a oito meses após terminado o esquema com duas doses, os marcadores principais que temos na medição de resposta imune, que são os anticorpos neutralizantes, começam a decair. Mostra que não há mais imunização. Com essa dose de reforço, a qual chamamos de ‘booster’, o nível de anticorpos volta a ser alto, e, então, se hipotetiza a proteção. Explica.
“A dose de reforço nos idosos é extremamente importante porque, com a diminuição da proteção que eles conseguiram com a vacina, eles voltam a ter maior risco de adoecimento mais grave e de precisarem ser internados na UTI. Eventualmente, até um risco aumentado de morte pela doença”, completa a médica.
Matéria: Gabriela Bernardes Correio Braziliense