Morre Alberico de Sousa Cruz, ex-diretor da Globo
Jornalista enfrentou sequelas da Covid e e estava internado no Rio com complicações de uma leucemia, diagnosticada há alguns meses.
Morreu nesta terça-feira (10), aos 84 anos, o jornalista Alberico de Sousa Cruz. Ele foi diretor da então Central Globo de Jornalismo nos anos 90.
Alberico teve Covid no ano passado e enfrentou sequelas da doença. Ele estava internado na Clínica São Vicente, na Zona Sul do Rio de Janeiro, de complicações de uma leucemia, diagnosticada há alguns meses.
Alberico de Sousa Cruz se criou na fazenda dos pais, em Minas Gerais. O mineiro de Abaeté, de olhar apertadinho e sorriso largo, era, na verdade um homem do mundo.
Aprendeu com a terra e se aperfeiçoou com os livros. Se formou em direito, mas seguiu outro caminho. Contar e fazer história era o que se lia no destino daquele jovem.
Alberico seria conhecido pelo Brasil como um dos jornalistas mais atuantes do país. Passou por algumas escolas, como o Jornal da Cidade, o Binômio e a sucursal mineira da Última Hora.
“Na última hora, eu aprendi a fazer o pouco que sei em termos de jornalismo, com Celso Japiassu, Roberto Drummond, uma equipe muito boa. Eu era repórter de polícia, e meu chefe era uma figura admirável, o Fernando Gabeira”, disse em entrevista.
Ainda trabalhou no Jornal do Brasil, na Revista Manchete, Na Última Hora, em Brasília, na Revista Veja. e O Jornal, dos Diários Associados.
Alberico chegou à Globo em 1980, convidado por Armando Nogueira para ser o diretor de Jornalismo da emissora, em Minas Gerais.
Dois anos depois, tornou-se diretor de Telejornais Comunitários da Central Globo de Jornalismo, no Rio.
Participou de algumas das mais importantes coberturas jornalísticas, como a morte do presidente eleito Tancredo Neves, em 1985.
O jornalista assumiu o cargo de diretor de Telejornais de Rede, em 1987. Em abril de 1990, Alberico de Sousa Cruz substituiu Armando Nogueira na direção da Central Globo de Jornalismo.
Um dos destaques da época foi a cobertura da Guerra do Golfo, em 1991, com repórteres em Israel, Jordânia, Iraque e Estados Unidos.
“Cobrimos a guerra como qualquer televisão americana estava cobrindo. foi um sucesso. tinha o Dornelles em tel aviv, bomba caindo; o bial , silio boccanera , paulo henrique . todo mundo participando da cobertura.”
Fonte: G1/Globo