MTST ocupa a Bolsa de Valores de SP em protesto contra fome e inflação
Ativistas do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) ocuparam no início desta tarde a B3, sede da Bolsa de Valores brasileira, no centro São Paulo.
Com bandeiras e cartazes, eles protestam contra a inflação e o desemprego. Segundo o movimento, o local foi escolhido por simbolizar a "especulação" e a "desigualdade social".
"Ocupamos a bolsa de valores de São Paulo, maior símbolo da especulação e da desigualdade social. Enquanto as empresas lucram, o povo passa fome e o trabalho é cada vez mais precário. Quem segura o Bolsonaro lá são os donos do Mercado!", publicou o perfil da organização no Twitter.
Os lucros recordes dos bancos, o aumento de grandes fortunas e o surgimento de 42 novos bilionários no mesmo país onde a insegurança alimentar atinge mais de 116 milhões de pessoas e a fome já é uma realidade para mais de 19 milhões precisa acabar", continuaram.
Em nota, o movimento disse que essa manifestação dá início a uma campanha que irá realizar ações nos próximos meses em todo o país.
O coordenador do MTST e pré-candidato ao governo paulista, Guilherme Boulos, publicou nas redes sociais sobre o protesto. "A voz do povo pela primeira vez na Bovespa!", escreveu.
Taxa básica de juros é a maior em 2 anos para conter inflação
Ontem, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu, por unanimidade, subir a taxa básica de juros da economia (Selic) em um ponto percentual, de 5,25% para 6,25% ao ano — o maior patamar desde julho de 2019, quando a Selic estava em 6,5% ao ano.
Na decisão, o BC considerou a necessidade de segurar a alta de preços. O IPCA, a inflação oficial no país, acumula 9,68% em 12 meses, até agosto. Está muito acima da meta do BC, de 3,75%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo — ou seja, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.
Fonte: UOL