Novo Citroën C3 2023: preços, versões e equipamentos do novo hatch
Hatch é um dos lançamentos mais importantes do ano; terceira geração chega para concorrer com Hyundai HB20, Chevrolet Onix e Fiat Argo
O novo Citroën C3 2023 é provavelmente o lançamento mais importante da marca nos 30 anos de presença no mercado brasileiro. Só que a terceira geração chega (depois de alguns atrasos) com atributos e missão bem diferentes das duas anteriores. É o primeiro modelo da fabricante francesa a ser vendido no Brasil com motor 1.0. Essa característica já indica que sua maior ambição é concorrer na parte inferior do segmento.
Assim, vai encarar nomes de peso como os campeões de vendas Hyundai HB20 e Chevrolet Onix, além de fazer uma disputa quase “caseira” com Fiat Argo. Por fim, terá de rivalizar com veteranos como Volkswagen Gol e Renault Sandero.
Para isso, terá uma vasta gama de versões. São sete, combinando dois motores e duas caixas de câmbio.
As mais baratas terão debaixo do capô o motor 1.0 Firefly de três cilindros e 75 cv também presente nos Fiat Argo e Cronos e no Peugeot 208 (veja o teste). Nesse caso, o câmbio é sempre manual de cinco marchas.
Já as opções mais caras trazem o 1.6 de quatro cilindros da família EC5. Esse é o mesmo propulsor usado no C4 Cactus e também nos Peugeot 208 e 2008. No C3, o motor entrega até 120 cv e pode ser combinado com as caixas manual de cinco marchas ou automática de seis.
Veja abaixo todas as versões, quanto custam e quais são os principais equipamentos de cada uma delas:
Live 1.0 - R$ 68.990
- Itens de série: ar-condicionado, direção elétrica, vidros dianteiros e travas elétricos;
Live Pack 1.0 - R$ 74.990
- Itens de série: equipamentos da Live mais central multimídia com tela de 10 polegadas, limpador e desembaçador traseiros;
Feel 1.0 - R$ 78.990
- Itens de série: equipamentos da Live Pack mais rodas de liga leve de 15 polegadas, vidros traseiros e retrovisores elétricos, alarme;
First Edition 1.0 - R$ 83.990
- Itens de série: equipamentos da Feel mais apliques plásticos nas portas, barra de teto na cor cinza e molduras nos faróis de neblina;
Feel 1.6 - R$ 86.990
- Itens de série: equipamentos da Feel 1.0, mas com motor 1.6;
Feel Pack 1.6 - R$ 93.990
- Itens de série: equipamentos da Feel 1.6 mais câmbio automático de seis marchas, rodas com acabamento diamantado e câmera de ré;
First Edition 1.6 - R$ 97.990
- Itens de série: equipamentos da Feel 1.6 mais apliques plásticos nas portas, barra de teto de cor cinza e molduras nos faróis de neblina.
Como é o novo C3?
Citroën C3 abandonou as linhas arredondadas na terceira geração — Foto: Murilo Góes/Autoesporte
Ao contrário dos C3 de gerações anteriores, o modelo que chega às lojas agora no início de setembro não tem as marcantes linhas arredondadas. Nem o apelo do teto solar Zenith. Mas nem por isso é menos chamativa.
A carroceria é alta e musculosa. Se engana quem achava que o hatch teria porte semelhante ao do Renault Kwid. O novato Citroën fica “grande” até mesmo ao lado de seus pares – é bem mais alto que um Hyundai HB20, por exemplo. É como aquela criança que tem a mesma idade do resto da turma, mas cresceu uns 10 cm a mais que os outros.
Citroën C3 tem um dos melhores espaços do segmento — Foto: Murilo Góes/Autoesporte
E isso ocorre porque seu 1,60 m de altura o coloca como o mais esbelto da categoria. O C3 ainda faz bonito em medidas como entre-eixos (2,54 m) e porta-malas (315 litros), o segundo maior do segmento, atrás apenas do Sandero. Aliás, o Citroën é um sério candidato a sucessor desse quando a Renault encerrar a produção do hatch – algo que deve acontecer até o ano que vem.
Diferentes sotaques
Mas a grande diferença do novo C3 para os anteriores é o sotaque. Esse é um Citroën que não fala francês, mas inglês com sotaque indiano e gírias bem brasileiras. Afinal, o projeto de codinome CC21 foi desenvolvido para ser vendido em mercados emergentes – leia-se Brasil, outros países da América Latina e Índia, onde já é vendido há alguns meses.
Central multimídia de 10 polegadas está em quase todas as versões do Citroën C3 2023 — Foto: Murilo Góes/Autoesporte
Os executivos da empresa foram gentis ao classificarem o carro feito em Porto Real (RJ) como diferente – e não melhor que o indiano. Porém, uma série de características do C3 asiático tiveram de ser melhoradas para que o hatch pudesse ser competitivo por aqui.
Em pouco mais de um ano de trabalho de uma equipe de 100 engenheiros, os protótipos rodaram 1 milhão de quilômetros em testes para validar essas modificações. Não faltam exemplos.
O carro indiano tem bancos com encostos de cabeça integrados e fixos, cinto de segurança traseiro subabdominal e retrovisores com ajustes manuais. E nem nas versões mais caras há limpador e desembaçador do vidro traseiro ou travamento central das portas. Ainda sobram parafusos aparentes, cuidado que a Citroën do Brasil teve o cuidado de esconder.
Quadro de instrumentos é pequeno e não tem conta-giros — Foto: Murilo Góes/Autoesporte
As motorizações também são completamente distintas. Na Índia, há unidades 1.2, aspirada ou turbo, com câmbio manual de cinco ou seis marchas. Aqui, a Citroën foi buscar na prateleira da Fiat o motor 1.0 de três cilindros Firefly para as versões de entrada. As mais caras trazem o já conhecido 1.6 EC5 de quatro cilindros.
Porém, alguns sinais de que o projeto foi pensado para ser um modelo de entrada ficam aparentes. É o caso do quadro de instrumentos sem conta-giros, dos comandos centrais para os vidros traseiros e da falta de pintura da parte interior do compartimento do motor e do capô. Defeitos que a Citroën terá de corrigir nos próximos anos se quiser competir de forma mais igual com HB20 e Onix, por exemplo.
Fonte: Autoesporte