Países da Otan assinam protocolo de entrada de Finlândia e Suécia
Adesão à aliança militar ocidental ainda depende da ratificação do protocolo pelo parlamento de cada um dos 30 membros
Os 30 países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) assinaram um protocolo de adesão da Finlândia e a Suécia, nesta terça-feira (5), para permitir que eles se juntem à aliança nuclear assim que os parlamentos aliados ratificarem a decisão.
Quando confirmada, essa será a expansão mais significativa da aliança desde meados da década de 1990.
“Este é realmente um momento histórico”, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, ao lado dos ministros das Relações Exteriores dos dois países.
“Com 32 nações ao redor da mesa, seremos ainda mais fortes”, acrescentou.
O protocolo significa que Helsinque e Estocolmo podem participar de reuniões da Otan e ter maior acesso à inteligência, mas não serão protegidos pela cláusula de defesa da Otan de que um ataque a um aliado é um ataque contra todos até a ratificação.
Esse processo provavelmente levará até um ano.
“Obrigado por seu apoio! Agora começa o processo de ratificação por cada um dos aliados”, disse a ministra sueca das Relações Exteriores, Ann Linde, no Twitter.
“Esperamos trabalhar juntos para garantir nossa segurança coletiva”, disse ela.
No entanto, o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, alertou na quinta-feira passada em uma cúpula da Otan em Madri que a Finlândia e a Suécia devem primeiro manter as promessas feitas à Turquia em um acordo ou a ratificação não será enviada ao parlamento turco.
Após semanas de diplomacia, Erdogan e seus homólogos finlandês e sueco concordaram com uma série de medidas de segurança para permitir que os dois países nórdicos superassem o veto turco que Ancara impôs em maio devido a suas preocupações com o terrorismo.
De acordo com o memorando assinado, a Finlândia e a Suécia se comprometeram a não apoiar os grupos militantes curdos PKK e YPG ou a rede do clérigo americano Fethullah Gulen, que Ancara diz ter encenado uma tentativa de golpe em 2016 e que rotula uma organização terrorista com a sigla FETO.
Por: CNN Brasil