Paolla Oliveira volta a defender a diversidade de corpos de mulheres no carnaval durante o Cordão da Bola Preta
A atriz foi alvo de críticas nas redes sociais por causa do seu corpo e idade em diversas ocasiões. O Cordão da Bola Preta, uma das maiores referências do Carnaval de rua do Rio de Janeiro.

Durante desfile como rainha do bloco centenário Cordão da Bola Preta neste sábado (1º), no Rio de Janeiro, Paolla Oliveira voltou a falar sobre importância da liberdade e da aceitação de corpos femininos no carnaval.
A atriz foi alvo de críticas nas redes sociais por causa do seu peso e idade em diversas ocasiões. Recentemente, após compartilhar um vídeo do ensaio técnico da Grande Rio, escola do Grupo Especial do Carnaval carioca, ela voltou a ser atacada. No registro, em que aparece sambando, recebeu comentários ofensivos sobre seu corpo.
"Sobre corpos... as pessoas falam 'ela continua falando desse assunto?' A gente tem que falar, infelizmente. Diante de tantas pautas, a gente poderia naturalizar esse assunto, mas ainda temos que falar. Eu sou uma micro-representante desse movimento que não pode parar: da gente se sentir melhor, mais confortável, mais livre. Não só no Carnaval, mas todos os dias das nossas vidas", afirmou a atriz durante o bloco deste sábado (veja no vídeo acima).
O Cordão da Bola Preta, uma das maiores referências do Carnaval de rua do Rio de Janeiro, arrasta multidões pelo Centro da cidade. Neste sábado (1º), data em que a Cidade Maravilhosa completa 460 anos, o bloco desfila com o tema "Rio, eu te amo", exaltando a paixão pela cidade. A folia teve início às 9h na Rua Primeiro de Março.
"É muito especial começar o meu Carnaval aqui no Bola, que tem toda a tradição e que traz essa liberdade à flor da pele. Estou emocionadíssima. Minha energia está lá no alto. O Carnaval está em mim, está na minha história", declarou a atriz.
Sobre o bloco Cordão do Bola Preta
Fundado em 1918, o Cordão do Bola Preta desfila no Centro do Rio com as cores brancas e pretas e sua banda formada por percussão e metais. O bloco, que já levou mais de 2 milhões de pessoas para a festa de rua, sai na Rua Primeiro de Março.
Assim como no último ano, a Polícia Militar montou pontos de barreiras nas entradas da Avenida Primeiro de Março. Os foliões são revistados e só depois acessam ao local do desfile.
Segundo Pedro Ernesto Marinho, presidente do Cordão da Bola Preta, a responsabilidade de carregar esse pavilhão é grande.
"O Bola Preta é a essência do Rio. Ele não seria o que é em outra cidade. Para nós, desfilar no 460 anos é uma honra. É a manutenção de uma essência do carnaval. O Bola Preta defende a cultura da cidade e suas tradições. Sem carnaval não haveria Bola Preta e quando não tem Bola Preta o carnaval não é igual”, garante Marinho.
Fonte: G1