Covid-19. Passageiros passam por teste no Aeroporto Eduardo Gomes
Governo do Amazonas está realizando exame do tipo RT-PCR voluntário em 10% dos passageiros, de cada voo, que desembarcam em Manaus
Ampliando o monitoramento da Covid-19 por meio da vigilância genômica de novas variantes, o Governo do Estado iniciou, na manhã desta segunda-feira (31/05), a oferta de testagem aos passageiros que desembarcam no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus. Equipes da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) e da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa- Manaus) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) montaram um posto para realização de exames no local.
Os testes são do tipo RT-PCR e o material é coletado no saguão do aeroporto, após monitores orientarem e sugerirem o exame nos portões de desembarque. O RT-PCR é voluntário para 10% dos passageiros de cada voo que chega diariamente ao aeroporto. Os profissionais ficarão no local, atuando em turnos de 12 horas para vigilância por 24 horas.
A diretora-técnica da FVS, Tatyana Amorim, explicou que os resultados de testes de RT-PCR devem ser emitidos em até 48 horas após a realização. As coletas serão analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-FVS).
“A ideia é identificar um caso suspeito para que a gente possa orientar, isolar e interromper a cadeia de transmissão. Esses 10% de passageiros que testaremos é justamente para identificarmos se através do exame RT-PCR for um caso detectável para Covid-19, mandarmos essa nota para o processamento na Fiocruz identificar se tem ou não a entrada de nova variante”, afirmou Tayana Amorim.
O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, acrescentou que cerca de 7 mil testes RT-PCR foram realizados em unidades portas de entrada no mês de maio. Os resultados positivos alcançaram 12% das análises, reforçando a importância da vigilância.
“As medidas não farmacológicas são muito importantes como a utilização de máscaras, manter o distanciamento social, evitar as aglomerações, além da higienização das mãos, mas principalmente aos primeiros sintomas de gripe ou síndrome respiratória procurar uma Unidade Básica de Saúde. As unidades estão preparadas, treinadas para receber a população, realizar os testes e se for necessário orientar quanto ao isolamento e também aos primeiros medicamentos de tratamento quanto à Covid-19”, destacou Campêlo.
Viajantes - O coordenador regional da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Jerfeson Caldas, destacou que o órgão também compõe a estratégia por meio da identificação de viajantes oriundos de áreas endêmicas, sobretudo África do Sul, Inglaterra e Índia. A orientação é dada para a tripulação informar os passageiros sobre a existência do serviço.
“A Anvisa já atua na vigilância sanitária e no monitoramento de portos, aeroportos e fronteiras, então o Estado entra em parceria para realizar esse trabalho que para nós é importante, uma vez que nós temos um sistema nacional onde nós identificamos a situação de saúde dos viajantes”, explicou o coordenador.
Importância – Fernando de Souza, 48, passou pelos aeroportos de Maceió e Recife antes do desembarque em Manaus. Após ser orientado pelas equipes, ele aceitou fazer o exame de RT-PCR no aeroporto para garantir a segurança.
“Eu acho muito importante pela questão de evitar espalhar o vírus. Nós, querendo ou não, mesmo com todos os procedimentos, estávamos dentro do avião, passou por dentro do aeroporto, teve contato com vários outros passageiros, então é interessante antes de chegar em casa passar por esse procedimento. Passa uma segurança, tanto pra gente como para os nossos familiares”, disse o passageiro.
Mesmo vacinado, o enfermeiro Hilton Adriano, 26, reconheceu o valor do trabalho das equipes após viagem ao Ceará. “A gente veio de alguns estados e não vimos nenhum tipo de movimento desses. A gente não viu nada igual em outros estados, então isso me conforta, porque eu sou daqui, trabalho aqui, tenho minha vida aqui e isso me deixa muito feliz, porque estou vendo que o meu estado está fazendo algo para proteger a própria população, pra gente poder ter o controle dessa doença silenciosa”.