Pessoas com hipertensão e diabetes devem atualizar o cadastro nas unidades de saúde da prefeitura
Visando reforçar e aprimorar os serviços de saúde voltados a pessoas com condições crônicas, a Prefeitura de Manaus orienta os usuários hipertensos e diabéticos atendidos na rede básica a manter atualizados seus cadastros junto às unidades da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). O procedimento assegura a esse público o acompanhamento adequado e regular pelas equipes da Atenção Primária à Saúde (APS).
Conforme a chefe do Núcleo de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Circulatórias e Diabetes, Nádia Brito, usuários hipertensos e diabéticos são cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS) e acompanhados para a realização de exames e consultas periódicas, entre outros serviços da APS. A falta de atualização dos dados, segundo a gestora, pode dificultar o trabalho das equipes da atenção básica.
“Muitos pacientes mudam de telefone ou endereço, não atualizam os dados no sistema de saúde e não são mais localizados, quando o agente comunitário de saúde entra em contato ou realiza a busca ativa daquele usuário”, relata.
Nádia orienta as pessoas com condições crônicas atendidas na rede municipal a buscar uma unidade de saúde sempre que ocorra mudança de dados cadastrais, evitando possíveis interrupções no tratamento. “O usuário deve periodicamente se dirigir à unidade e atualizar seus dados. Isso é essencial para que possamos dar continuidade ao acompanhamento”.
Cadastro e atendimento
Pessoas com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus devem procurar uma unidade da Semsa Manaus para realizar a inscrição no HiperDia, programa do Ministério da Saúde criado em 2002 e voltado ao cadastro e acompanhamento desses usuários pelo SUS.
Após o cadastro, por meio do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), os usuários iniciam um acompanhamento que inclui consultas a cada seis meses, no mínimo; avaliação neuromotora e exame de Índice do Tornozelo Braquial; estratificação de risco cardiovascular; e exames laboratoriais e de raio-X.
Dentre esses serviços, Nádia Brito destaca a estratificação de risco cardiovascular (RCV) como fundamental para reconhecer as pessoas e classificar risco e vulnerabilidade a partir de suas necessidades, possibilitando a organização das ações coletivas e individuais (plano terapêutico) que a equipe de saúde pode oferecer.
“O objetivo do plano é gerar qualidade de vida para aquela pessoa que tem hipertensão arterial ou diabetes mellitus”, resume a gestora.
Mobilizações
Nos meses de abril e maio deste ano, a Semsa intensificou as ações de prevenção e combate à hipertensão nos cinco Distritos de Saúde, Norte, Leste, Sul, Oeste e Rural, em agenda alusiva ao Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial (26 de abril) e ao Dia Mundial da Hipertensão Arterial (17 de maio).
Dentro da programação, cinco unidades, sendo uma de cada zona distrital de saúde da secretaria, realizaram o Dia “D” em Combate à Hipertensão Arterial. Nas mobilizações, foram ofertadas consultas médicas, odontológicas e de enfermagem, aferição de pressão, exames de pé diabético, doppler vascular periférico e outros serviços, além de ações de orientação em saúde e atividades físicas.
Nádia Brito aponta que as mobilizações contribuem para ampliar o número de usuários hipertensos e diabéticos atendidos pela rede municipal, que tiveram as condições crônicas detectadas a partir das avaliações e exames realizados nas ações.
“Os usuários procuraram bastante as unidades de saúde durante as campanhas, especialmente os idosos, pois eles veem que as ações são de fácil acesso e oferecem não só consultas clínicas, mas vários outros serviços de saúde, como consultas de enfermagem, exames, nutricionistas”, diz.
Números
Os números de atendimentos a hipertensos e diabéticos na atenção básica em Manaus vêm crescendo a cada ano, conforme dados do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab). Entre usuários hipertensos cadastrados no PEC, o total de atendimentos passou de 108.672, em 2019, a 413.391, em 2022. De janeiro a abril deste ano, foram 153.312 atendimentos voltados a esse público.
Já os diabéticos tiveram 57.658 atendimentos em 2019, chegando a 235.023 em 2022. Nos primeiros quatro meses deste ano, já foram atendidos 87.126 usuários com a condição crônica na rede pública municipal.