Preço da gasolina sobe 0,37% após três semanas seguidas de queda, segundo ANP
Entre 10 a 16 de abril, o preço médio do litro do combustível foi de R$ 7,192 para R$ 7,219; já o etanol registrou alta de 4,5% (R$ 5,014 para R$ 5,241).
O preço médio do litro da gasolina aumentou 0,37% nos postos do país nesta semana, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).O litro do combustível foi de R$ 7,192 para R$ 7,219.
A alta ocorre após três semanas seguidas de queda do combustível. O preço máximo da gasolina no período foi de R$ 8,327.
O preço médio do litro do etanol subiu devido à alta demanda do consumidor: foi de R$ 5,014 para R$ 5,241 na semana passada, um aumento de 4,5%.
O preço do diesel, por outro lado, passou de R$ 6,600 a R$ 6,587 nesta semana, de acordo com a pesquisa semanal da ANP. A queda foi de 0,19%.
Como a gasolina e o etanol, o valor do gás de cozinha de 13 kg também registrou alta: passou de R$ 113,54 para R$ 113,66 (+0,10%).
Novo presidente da Petrobras
Na quinta-feira (14), José Mauro Ferreira Coelho tomou posse como novo presidente da Petrobras. O executivo cumpre mandato de um ano e ocupa o lugar do general Joaquim Silva e Luna, que foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro em meio aos reajustes dos preços dos combustíveis.
Ferreira Coelho não endereçou diretamente a questão da política de preços da Petrobras, mas sinalizou que pretende manter o "modelo de gestão" adotado desde 2017 com melhorias na "comunicação da empresa" sobre suas ações.
A menção de Coelho à redução da dívida, contudo, está vinculada à política de preços. Ainda na gestão de Pedro Parente, a empresa adotou o preço de paridade de importação (PPI) para definir o preço da gasolina e diesel nas refinarias. O PPI é orientado pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.
Com o dólar em patamares elevados e o valor crescente das commodities desde o ano passado, essa tem sido a principal injeção de alta no preço dos combustíveis no Brasil. Os seguidos reajustes, apesar de auxiliarem o caixa da empresa, foram as principais motivações para a troca de Silva e Luna e de seu antecessor, o economista Roberto Castello Branco.
Política de preços
É a segunda vez que Bolsonaro mexe na presidência da empresa por insatisfação com a política de preços para os combustíveis. Silva e Luna havia substituído o economista Roberto Castello Branco, que também sofreu pressão do governo federal por conta dos reajustes do diesel e da gasolina.
Desde 2016, ainda na gestão de Pedro Parente, a Petrobras adotou o preço de paridade de importação (PPI) para definir o preço da gasolina e diesel nas refinarias. O PPI é orientado pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.
A alta dos preços do petróleo no mercado internacional e o real ainda em patamares relevantes de desvalorização em relação ao dólar fizeram dos combustíveis motores importantes da inflação brasileira. De olho na reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou por diversas vezes a operação e o lucro da Petrobras.
Fonte: G1/Globo