Presidente do STJ retira aeroporto de Manaus de Leilão
O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, decidiu retirar o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, do leilão de concessões realizado pelo governo federal no dia 7 deste mês.
A decisão, expedida nesta terça-feira (20), restabelece uma medida cautelar do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. A medida do STJ ainda cabe recurso.
Agora, o aeroporto de Manaus deixa de fazer parte do Bloco Norte, que foi arrematado pela empresa Vinci Airports por R$ 420 milhões. A unidade da capital amazonense tem a maior demanda de passageiros do lote.
Permanecem no bloco os terminais de Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Cruzeiro do Sul (AC), Boa Vista (RR), Tabatinga (AM) e Tefé (AM).
A Agência Nacional de Avião Civil (Anac) informou, em nota, que ainda não foi comunicada oficialmente da decisão referente à alteração do leilão.
Leilão de 22 aeroportos
O leilão de aeroportos realizado no dia 7 deste mês atraiu interessados para três blocos e garantiu ao governo federal uma arrecadação inicial de R$ 3,302 bilhões.
Segundo o Ministério da Infraestrutura, o ágio médio foi de 3.822%, o que representou uma arrecadação R$ 3,1 bilhões acima do mínimo fixado pelo edital para o valor de contribuição inicial (R$ 186,2 milhões).
Além do valor à vista, as regras do leilão preveem uma outorga variável, a ser paga a partir do quinto ano de contrato até o fim da concessão.
O investimento total nos 22 aeroportos, que foram divididos em 3 blocos, é estimado pelo governo em R$ 6,1 bilhões durante os 30 anos de concessão.
Este é o segundo leilão de aeroportos do governo do presidente Jair Bolsonaro. No anterior, realizado em março de 2019, o governo arrecadou R$ 2,377 bilhões à vista com a transferência de 12 aeroportos para a iniciativa privada. O ágio médio foi de 986% e 9 grupos participaram da disputa.
https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2021/04/20/presidente-do-stj-retira-aeroporto-de-manaus-de-leilao-do-governo-federal.ghtml