Roberto Cidade vai propor implementação de programa habitacional para moradores de área de risco em Manicoré

Roberto Cidade vai propor implementação de programa habitacional para moradores de área de risco em Manicoré

O deslizamento de um barranco no município de Manicoré (distante 331 quilômetros de Manaus), que “engoliu” parte da orla da cidade e fez desmoronar 16 residências, motivou o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (UB), a reforçar o pedido para que sejam criados centros descentralizados da Defesa Civil Estadual. E ainda que seja apresentado aos deputados o planejamento do órgão para atuação em casos de desastre natural nos municípios amazonenses. 

Outro pleito do deputado presidente foi quanto à implementação de programas habitacionais no município, iniciando pelo bairro de Santa Luzia, onde houve o deslizamento. No local, além das 16 residências já afetadas, outras 30 correm o risco iminente de serem engolidas pelo barranco. 

“Tenho grande identificação com Manicoré, que é a terra natal da minha família. Infelizmente, no sábado a noite, o deslizamento de terra no bairro Santa Luzia, onde passei parte da minha infância, levou barranco abaixo 16 casas. Agradeço ao governador Wilson Lima por, de imediato, ter acolhido o nosso pedido e do prefeito Lúcio Flávio e ter mobilizado a Defesa Civil para atender a essa ocorrência. No dia seguinte, uma equipe já estava lá e, juntamente com a prefeitura municipal, iniciou a assistência à população. Como bacurau, me solidarizo e reforço meu compromisso com Manicoré. Coloco nosso mandato à disposição para fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar a minorar os danos e ajudar a população a se reerguer”, afirmou. 

Dentre as propostas apresentadas por Cidade estão a implementação de programas habitacionais no município. Ele também reforçou a sugestão de criação de polos da Defesa Civil no interior do Estado, para que a pronta-resposta seja mais ágil. 

“Além das 16 casas, outras 30 estão ameaçadas com o deslizamento de terra. Para minimizar o sofrimento dessas famílias e garantir novas perspectivas, o ideal seria que a Suhab (Superintendência de Habitação) desenvolvesse um programa habitacional no município. O presidente da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), Marcellus Campêlo, já foi consultado sobre a possibilidade de desenvolver um projeto parecido com o que foi realizado recentemente em Maués. Precisamos dar o encaminhamento, o apoio e buscar soluções para essas famílias, principalmente as que ficaram desabrigadas”, reforçou.  
 
 
Defesa Civil na Aleam
 
Também foi pleito do deputado presidente que a Defesa Civil instale polos descentralizados no interior e que o secretário-Executivo do órgão, coronel Francisco Máximo Filho, apresente o planejamento de atuação para os municípios do Amazonas, especialmente para esse período de estiagem. 

“No próximo dia 29, o titular da Defesa Civil do Estado, coronel Máximo Filho deve vir à Assembleia para nos esclarecer quanto ao plano estadual da Defesa Civil para enfrentarmos esses desafios naturais que têm se apresentado. É importante termos esse panorama. Na ocasião, iremos reforçar essa demanda pela descentralização dos polos. Isso favorecerá o município que ficar como sede, bem como os do entorno”, argumentou. 

Os deputados João Luiz (Republicamos) e Dan Câmara (Podemos), que apartearam a fala do deputado Cidade, também ressaltaram a importância de que a atuação das equipes da Defesa Civil seja descentralizada.

“Precisamos, urgentemente, iniciar esse debate sobre o fortalecimento da Defesa Civil em todo o estado do Amazonas. Essa ampliação é uma necessidade. A exemplo do que acontece com outras secretarias, a de Defesa Civil também precisa ser estendida para outros municípios para que a resposta seja mais rápida. Estamos vivendo a estiagem, mas já tivemos ciclone, cheia recorde”, enumerou João Luiz.  

Na mesma esteira, o deputado Comandante Dan falou sobre a necessidade de se ter uma visão geral do Plano Estadual da Defesa Civil. “Essa é uma realidade que alcança diversos municípios e nós precisamos conseguir enxergar os riscos para que as medidas sejam adotadas, medidas proativas e que venham a minimizar os sofrimentos das populações tradicionais e ribeirinhas”, sugeriu Comandant Dan.