Sia revela autismo aos 47. Por que diagnósticos tardios aumentaram?

Cantora contou em podcast que recebeu diagnóstico tardio de autismo. Saiba quais são os sinais que merecem investigação

Sia revela autismo aos 47. Por que diagnósticos tardios aumentaram?
BEVERLY HILLS, CA - FEBRUARY 26: Singer Sia attends the 2017 Vanity Fair Oscar Party hosted by Graydon Carter at Wallis Annenberg Center for the Performing Arts on February 26, 2017 in Beverly Hills, California. (Photo by Presley Ann Slack/Patrick McMullan via Getty Images)

A cantora Sia revelou, aos 47 anos, que recebeu um diagnóstico tardio de autismo. Ela contou sobre a condição no podcast Rob Has a Podcast, na quinta-feira (25/5). “Estou no espectro e estou em recuperação, e tal – há muitas coisas”, disse ela, no bate-papo. A cantora é conhecida por músicas como Chandelier e Cheap Thrills.

A cantora Sia revelou, aos 47 anos, que recebeu um diagnóstico tardio de autismo. Ela contou sobre a condição no podcast Rob Has a Podcast, na quinta-feira (25/5). “Estou no espectro e estou em recuperação, e tal – há muitas coisas”, disse ela, no bate-papo. A cantora é conhecida por músicas como Chandelier e Cheap Thrills.

Após ser diagnosticada, Sia afirmou que passou a se amar mais e a se enxergar de forma diferente. “Ninguém jamais poderá lhe conhecer e lhe amar enquanto você estiver cheio de segredos e vivendo com vergonha”, disse.

O Transtorno do Espectro do Autismo é caracterizado por déficits persistentes na comunicação e na interação com outros indivíduos. A condição inclui dificuldades na reciprocidade social, em comportamentos não verbais usados para a interação social e em habilidades para desenvolver, manter e compreender relacionamentos.

A neurologista Angélica Ávila, do Hospital de Base do Distrito Federal, diz que o diagnóstico de autismo tem se tornado cada vez mais comum na vida adulta, pois, atualmente, há mais informações sobre a condição. “Aumentou o número de profissionais qualificados para o diagnóstico, bem como o conhecimento sobre a condição”, diz Angélica.

A identificação tardia provoca impactos negativos na qualidade de vida e no desenvolvimento de habilidades sociais e cognitivas. “A dificuldade de interação social e a percepção negativa de si mesmo podem levar ao desenvolvimento de transtornos de ansiedade, depressão e até pensamentos suicidas. Esses problemas podem ser agravados pela dificuldade de acesso a tratamentos adequados e apoio familiar”, aponta Angélica.

Sinais comuns

Confira sinais comuns da condição:

  • Dificuldades na interação: quando o indivíduo não consegue compreender regras sociais subliminares ou não entende metáforas, ironias e piadas;
  • Dificuldades na socialização: quando há bloqueios no trato com os colegas, com travas no compartilhamento de experiências e de comunicação;
  • Características de funcionamento: quando o indivíduo prefere trabalhar sozinho, sendo bastante rígido e focado;
  • Sensibilidade exarcerbada: são intolerantes a barulhos e a ambientes agitados; têm restrições alimentares a determinadas texturas, cheiros e sabores e sensibilidade à luz e ao toque.

“O maior sinal de alerta para o TEA está em qualquer bebê que perdeu alguma habilidade antes adquirida. Como, por exemplo, uma criança que falava algumas palavras soltas e parou de falar subitamente, o bebê que atendia quando chamado ou que imitava e não imita mais”, explica a neurologista.

Por: Metrópoles