Voepass anuncia pedido de reestruturação financeira após desastre aéreo com 62 mortes

Objetivo é garantir sustentabilidade da companhia a longo prazo. Operação de rotas e venda de passagens seguem normalmente.

Voepass anuncia pedido de reestruturação financeira após desastre aéreo com 62 mortes
VoePass/Divulgação

A Voepass Linhas Aéreas, empresa com sede em Ribeirão Preto (SP), anunciou nesta segunda-feira (3) que entrou com um pedido na Justiça para reestruturação financeira. No comunicado, a empresa mencionou problemas de orçamento depois do desastre aéreo que matou 62 pessoas em Vinhedo, na região de Campinas (SP), em agosto de 2024.

Segundo a companhia, o objetivo é fortalecer o capital do grupo e garantir a sustentabilidade das operações a longo prazo.

O pedido, de acordo com a empresa, não interfere nas operações das atuais rotas e nas vendas de passagens, que seguem normalmente, nem engloba processos indenizatórios decorrentes do acidente - que estão a cargo de uma seguradora - e obrigações salariais junto a funcionários.

"A companhia ressalta que seguirá priorizando salários e benefícios dos colaboradores normalmente ao longo desse processo e que as atividades serão mantidas; assim como cumprirá com os pagamentos pelos serviços prestados e produtos entregues a partir da data deste processo", comunicou.

Reestruturação financeira

Desde o ano passado, a companhia aérea, que já foi considerada a quarta maior do país, vem realizando uma série de mudanças, como o término das operações com destino ao Sul do país, em outubro, além da demissão de diretores e alterações no comando, em setembro.

Segundo a Voepass, o pedido de tutela preparatória pela reestruturação financeira que acaba de ser anunciado visa reorganizar as dívidas, bem como o fluxo de caixa.

Na nota, a Voepass informa que, até 2024, contava com saúde financeira para seguir com seu programa de expansão em todo o país, o que foi impactado pelo desastre aéreo em Vinhedo.

Anteriormente, segundo a empresa, o mercado da aviação civil já vinha enfrentando dificuldades decorrentes dos efeitos da pandemia da Covid-19.

"A medida é um caminho importante para que a empresa continue honrando compromissos com seus passageiros, colaboradores, parceiros e credores."

Fonte: G1